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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

O Sal dos Pastores em sua Política – Parte IV


Marcio Gil de Almeida
Teólogo e pedagogo


Texto básico: Mateus “Vós sois o Sal da terra; e se o Sal for insípido, com que se há de Salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13.
Outros textos que estão ligados a política direta ou indiretamente:
“Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Proverbio 29:2
“Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não?” Mateus 22:17
“E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes Jesus: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe: De César.  Disse-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E admiravam-se dele.” Marcos 12:16,17.
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus.” Romanos 13:1
“Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá a ti, parede branqueada; tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei, e contra a lei mandas que eu seja ferido? Os que estavam ali disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus?

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

O Sal dos Pastores em sua Política – Parte IV

Marcio Gil de Almeida
Teólogo e pedagogo


Texto básico: Mateus “Vós sois o Sal da terra; e se o Sal for insípido, com que se há de Salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13.
Outros textos que estão ligados a política direta ou indiretamente:
“Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Proverbio 29:2
“Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não?” Mateus 22:17
“E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes Jesus: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe: De César.  Disse-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E admiravam-se dele.” Marcos 12:16,17.
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus.” Romanos 13:1
“Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá a ti, parede branqueada; tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei, e contra a lei mandas que eu seja ferido? Os que estavam ali disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus?
Disse Paulo: Não sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote;” Atos 22:3-5
“E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe a tua mão debaixo da minha coxa” Genesis 24:2
“Quem lhe entregou o governo da terra? E quem lhe deu autoridade sobre o mundo todo?’ Jó 34:13
“ Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da preguiça.” Provérbio 31:27
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.” Isaías 9:6
“Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso.” Isaias 9:7
“e vesti-lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e entregarei nas suas mãos o teu governo; e ele será como pai para os moradores de Jerusalém, e para a casa de Judá.” Isaías 22:21
“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” I Coríntios 12:28
Baseado no texto bíblico de Mateus 5:13 mostramos que os pastores devem ter uma liderança com princípios, que é necessário ter uma acurada visão ministerial, o pastor precisa ter consciência e agora para finalizar esta série de reflexões vamos meditar o pastor e a sua política. 
Quando Jesus nos chama atenção temos de ser como sal. Isto que dizer que o atributo do sal de salgar, ou seja, dar sabor, é algo que o cristão deve ser para si e nas vidas. O complicado é encontrar o equilíbrio, pois sal de mais é insuportável e mata, sal de menos não tem efeito, e também quando o próprio sal fica insípido, não adianta a sua presença, é jogado fora e desprezados pelos homens.  Assim são os cristãos na política, eles têm que ser equilibrados e contextualizados. Não é fácil acertar o alvo e se fosse não haveria tanta gente errando. 
Política é um assunto que esquenta os ânimos e muitos se esquecem que política abrange quase todas as áreas da vidaA política está em tudo que o cidadão se envolve. É claro que depende da definição do que venha a ser política. Então, vamos definir política como a arte e a ciência de organizar/governar. O assunto é muito abrangente e conforme o Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, política pode ser definida como “… habilidade para tratar das relações humanas com o objetivo de obter os resultados desejados. É a arte de bem governar o povo.”
Em tudo há política e exemplifico dizendo que para termos sapatos depende das políticas, tais como: da indústria, da economia, da agricultura etc. Se estamos andando na rua podemos ver política do saneamento. Se há violência, qual a política de segurança ou a política da assistência social? Se há ou não escola de qualidade, a política a ser questionada é a da educação. Se vamos ao culto e não há energia é necessário rever a política que envolve a produção e distribuição de energia. Para se conseguir governar no pais é necessário políticos partidários que vão trazer as propostas políticas de seus projetos e ideologias, valores etc. Se você for atendido em um hospital público e nada funciona direito, o motivo é a política do sistema de saúde público que é um fracasso.  Dentro das próprias organizações eclesiásticas está cheio de política e mostro que a pesar de não haver estes termos dentro do funcionamento das igrejas, na prática é a mesma coisa.  Se utilizando da definição que política é a arte de organizar/governar é necessária uma política financeira da igreja para determinar os seus princípios, prioridades de gastos, estratégias financeiras. Também a política patrimonial da igreja em relação aos seus patrimônios e a política estrutural da organização eclesiástica, a política de níveis de autoridades eclesiásticas etc. A política está dentro da igreja e em todo o mundo. Não adianta fugir, pois até dentro da nossa casa tem política. Desta forma não podemos fugir… A questão não é se há ou não política, mas é que tipo de política nós temos e como somos como políticos nesta vida?
Na política dos poderes legislativo e executivo em seus processos eletivos, os cidadãos têm a sua participação nas campanhas eleitorais e no processo eletivo com seus votos.  Em meio aos processos das campanhas políticas e até mesmo nos litígios do legislativo existem as lutas  entre os grupos em seus interesses, ideologias etc. A sociedade tem vários segmentos com suas ideologias, vivem em conflitos, inclusive, há aqueles que lutam para dominarem  ou destruírem outros segmentos. 
Na luta pelo poder legislativo ou executivo, muitos lutam para conquistá-lo e outros lutam para se manterem no poder. É neste processo que existe a luta pela influência, esta influência tem a forma certa e toda influência vem carregada de uma ideologia. A participação política evangélica no país cada vez mais aumenta e nem sempre ocorre da forma correta. Desta forma existem a realidade e o desejo de melhorar. Neste processo de luta pela melhoria na qualidade dos eleitores e dos seus representantes, os líderes da sociedade têm uma grande importância e aí entra os pastores. Os pastores influenciam milhões de brasileiros e isto é bom. Os pastores e suas ovelhas são cidadãos que não podem ser aleijados do seu direito do debate político. A ideologia cristã, ainda é vivida por muito,  está na maior parte da população e ela devem ser ouvidos. A maioria não pode está submissa a minoria e a minoria pode ser escrava. Há questões que não tem jeito, elas serão decididas pelo interesse da maioria. No entanto, se a maioria não for organizada como a minoria, a minoria sobreporá a maioria.
Os pastores são líderes de grande importância e a sua influência tem que ter a qualidade. A questão a ser refletida não fugirá a realidade diversificada e será proposto alternativas positivas. Veremos isto nos tipos de comportamentos pastores que acabam sendo um bom ou mau testemunho e nisto veremos o Sal dos pastores.
Os tipos de pastores quanto ao seu comportamento político
1- Pastores Ignorantes quanto a política
    1- Ignorantes o têm conhecimento de nada, é facilmente manipulado,  pode ser levado a ser um apolítico ou um militantes de coisas que não sabem as verdadeiras intenções etc. Acreditam em tudo e não consegue perceber o que tem por trás, pois são ignorantes. Muitos das suas ovelhas serão ignorantes como eles são.
     2- Pastores Apolíticos 
      Podem possuir conhecimento político ou não. São os que dizem que não se envolvem em política e que não têm nenhum posicionamento. Estes não querem nenhum tipo de desgaste, não querem ser mal vistos ou questionados, mesmo se estiverem certos preferem a doutrina da omissão.  Na minha visão pessoal, vejo que ser apolítico é uma ilusão, pois se omitir é uma posição política. A política dele é a covardia e a omissão. A sua aparência de bonzinho leva a sofrimento de muitos, pois eles não marcam espaço e deixam os homens corruptos decidirem por eles. É cômodo este posicionamento e não adianta reclamarem dos seus traumas, frustrações e  suas  revoltas que a política é do diabo, porque ela não é do diabo, do diabo é a posição apolítica que só ver o seu próprio  umbigo e destrói o próximo. Infelizmente, muito das suas ovelhas serão a sua fotocópia desonrosa.
     3- Pastores corruptos
     Será que existem pastores corruptos? O que você acha, amado leitor? Eu pessoalmente acredito que existe uma minoria que é corrupta e seu mau exemplo ecoa tão forte que os que agem corretamente são esquecidos e qualificados como corruptos como se fossem. Há pessoas que odeiam todos os pastores e para eles todos os pastores são ladrões. Há anos atrás, quando eu estava numa sala de aula como professor, quando estava fazendo a chamada de presença, um aluno conversava alta voz  na sala de aula e dizia que todo pastor é ladrão. Ele não sabia que eu era pastor, pois ali eu era professor e não ficava falando que era pastor, mas dava o meu bom testemunho. Então, perguntei para ele de forma educada: O que foi que eu roubei de você? Percebi que ele não entendeu a minha pergunta. E aí falei para o mesmo: eu sou pastor.  Se todo pastor é ladrão, eu quero que você me diga, a onde foi que roubei? Qual foi a pessoa ou igreja que roubei? O que roubei de você? Ele ficou calado, relevei a situação, continuei a minha aula e continuei tratando o aluno com amor. É triste dizer que há maus exemplos de pastores que mata a nossa alma. Quando eu pastoreava em Itabatã-Ba, esteve presente como conferencista,um missionário e o mesmo contou muito revoltado que esteve numa igreja e que o tesoureiro pegou uma boa oferta para lhe dar e não chegou às suas mãos porque o pastor a reteve em parte e não disse pra ninguém. Conclusão: o pastor roubou a oferta do missionário.
A corrupção também se mostra quando um pastor tem um tipo injusto de política salarial (prebenda) para si e para os demais obreiros (pastores e missionários).  Certo pastor em uma igreja aqui na Bahia tem como salário um valor de 100 salários mínimos e os demais pastores não são remunerados. Só ele é o remunerado. Uma igreja com várias congregações só tem um pastor que é remunerado. Pagar com honra um pastor é digno e este não é o caso. Aqui é um caso de corrupção dos propósito ministeriais que mudou de servir par enriquecer. Com isto promoveu várias injustiças dentro da igreja. Este é um pastor que adotou a corrupção ativa e o povo, a corrupção passiva.  Outro caso, em uma outra denominação, aqui na Bahia, três pastores e uma missionária na igreja, e apenas o presidente recebia prebenda. A sua prebenda era de 17 salários mínimos. Isto é corrupção de valores… Quero declara que a maioria dos pastores, no que envolve  o sustento, é divida em duas partes: a partes dos que vivem e dos que sobrevivem. Este não fazem nada de errado, apenas querem trabalharem na obra e viver dela.  Quero deixar uma mensagem àqueles que abusam: “…de Deus não se zomba.”
O nosso foco é político e afirmo que não falamos com alegria dos maus exemplos. É necessário falar estas coisas, pois quem anda correto está ficando de errado e o errado está ficando de certo. Não apenas isto, é uma vergonha para o evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo e estas coisa tem matado a fé de muitos. Os maus exemplos têm impedido de almas a se achegarem a Cristo. Em 1994 conheci um pastor que foi Dep. Federal várias vezes pelo estado de Sergipe e ele era com certeza um bom cristão. Ele me contou a seguinte história, mostrando a falta de consciência dos pastores: Certa igreja foi fechada por causa do abuso do som alto e ele foi procurado pelo pastor de tal igreja. O pastor da igreja que tinha o seu templo fechado estava desesperado e o mesmo já tinha procurado outras pessoas para ajudá-lo e ninguém o ajudou. Então, este deputado se empenhou e conseguiu que o problema do som fosse resolvido e conseguiu também a autorização para reabertura do templo. Quando chegou a época das eleições, o pastor que teve o seu templo fechado não votou no pastor Dep. Federal e colocou os irmãos para votarem em um candidato não-cristão, e o pior de  votar no tal candidato, é que  ele que era corrupto. O motivo do ocorrido foi que o pastor Dep. Federal não deu o cimento que ele queria e o deputado corrupto deu o cimento. As pessoas devem votar em seus candidatos por convicção e não porque venderam a sua consciência. Votar numa pessoa porque recebeu cimento ou dinheiro é corrupção.  Outra forma de corrupção é a influência por interesse de cargos, empregos, favores etc. Observe que os pastores devem participar da política e não devem manipular as pessoas para obterem benefícios para si, ovelhas, amigos e parentes. Se alguém quer defender um político dentro da sua igreja, o mesmo deve se preocupar em educar as suas ovelhas com senso crítico. A Bíblia nos diz “nada podemos contra a verdade, se não pela própria verdade”. Então, quem anda na luz defende o certo e a justiça.
4- Pastores ideológicos
Ideologia envolve um conjunto de idéias e/ou valores. Há várias ideologias seculares e religiosas.  A ideologias políticas são diversas: democracia, socialista/comunistas, social/cristã etc.  Acredita-se que é natural, assim como é, natural um pastor seguir a ideologia cristã. A Bíblia é a sua fonte para se apoiar. No entanto, há pastores que querem misturar com outras ideologias. O absurdo é que mudam até a teologia cristã para empurrarem goela abaixo, por exemplo o socialismo/comunismo. E o mais absurdo ainda, há momento que ao invés deles decidirem entre a fé em cristo e a ideologia socialista/comunista,, eles decidem pela fé nas idéias de um partido que vai contra a sua fé em Cristo. Esta política onde ideologias ateístas/seculares dominam, não se enquadram na vida de um cristão, quanto mais na vida de um pastor. Lembre-se, ideologia é igual poder político e de vida. Eu pergunto se a ideologia socialista/comunista dominar por completo o Brasil, este ainda continuará democrático? Qual o pais que o socialismo/comunismo dominou e continuou democrático? E os cristãos como ficaram nestes países?  Abra o olho, meu povo…
Há pessoas que dizem que votam na pessoa e não em partido políticos como se isto fosse a verdade e isto não é. É uma ilusão, a pessoa pensar que esta votando somente no candidato, que não está votando em tal partido. Reconheço que há muitas pessoas dentro de certos partidos que considero um perigo para a democracia e para nós cristãos, que são boas pessoas. Todavia, quem manda nos partidos são os cabeças e em certos partidos estes seguem uma linha rigorosa ideológicas. Quando eles vêem um cristão está se misturando com eles, os mesmos os vêem apenas como massa de manobra para fortalecer o seu exercito de seguidores e os seus propósitos. Enquanto estes forem úteis, vão usá-los. Cristãos iludidos que vendem a sua consciência para no final se autodestruírem. É verdade que no Brasil os brasileiros não têm muita disciplina de honrarem os estatutos ideológicos de seus partidos. No entanto, quem está no comando sabe muito bem manipulá-los. Cuidado pastores e irmãos em Cristo para vocês não se encontrarem trabalhando contra Cristo.
Não existe partido de Deus, mas existe o mais adequado para um cristão. Quando forem participar de um partido ou votarem em alguém perguntem:
a-      Qual ideologia deste partido e do candidato?
b-      Quais são os valores defendidos?
c-      O candidato é confiável que ele ao vencer as eleições não vão lutar contra a democracia e contra os valores da sociedade judaico-cristã?
d-      Quais são os seus projetos?
e-     Quais são os seus aliado?
f-       Se já foi eleito,  foi honesto e eficiente?

5- Pastores conhecedores do mundo político
      Conhecem o que é necessário da política e se limitam a isto. Não se envolvem e deixam os outros decidirem o destino de si, da família, da cidade, do estado e do país. Gostam de usarem o discurso da “prudência e da oração”, mas na verdade são covardes.

6- Pastores Conscientes: educadores
Os pastores conscientes são os sabedores de como funciona o sistema político do país. São honestos em seus pontos de vista e sempre estão pensando em glorificar a Deus. Trabalha dentro da ética e da legalidade. Não vendem a sua consciência. Estão mais preocupados em formar um rebanho com senso crítico político. Ele é um educador. Não tem medo de emitir a sua opinião, pois não tem rabo preso com ninguém. É humilde em reconhecer erros e procura  o acerto. Ele não manipula o seu rebanho, pois trabalha com valores cristãos que defende a sua fé em Deus, a liberdade, a democracia, a honestidade etc.
O pastor pode ser candidato a uma eleição, mas não é justo e nem ético que durante a campanha permaneça pastoreando. E se for eleito não entendo porque ele precisa continuar pastoreando naquele período. Gosto muito daquele frase antiga: “Ou canta ,ou assobia”.
O pastor às vezes se depara com uma situação constrangedora. Irmãos evangélicos que foram eleitos, por exemplo, como vereadores, servem a todos na cidade, inclusive a igreja. Na época das eleições estes irmãos o procuram para buscarem apoio nas eleições. O pastor não quer transformar a sua igreja em um partido político e muito irmãos não querem nem saber de ver o irmão vereador falar no culto pedindo voto. Ele vê que não poderá honrar os irmãos vereadores com o apoio no culto. O que fazer? O grande erro dos pastores é não formar uma consciênca política em seu rebanho  e é mpossível este povo ter uma formação se não houver um trabalho sistemático, especialmente na Escola Bíblica. Política deve ser debatida na igreja nos momentos certos e próprios para isto e quanto mais for longe dos períodos de votação melhor. O referencial para tal ensino é a Bíblia e não ideologias socialistas/comunistas que destroem a fé  em Deus e liberdade de culto. Existem aqueles que adotam a Teologia da Libertação e a estes digo: A Teologia da Libertação é um engodo, a sua função é controlar/danificar a liberdade cristã e por fim destruir a própria FÉ EM DEUS. Os pastores e as igrejas têm que defenderem princípios e não bandeira de partido. Se isto for realizado, os próprios irmão vão reconhecer o trabalho dos irmãos vereadores e votarem neles, se for o caso. Deixe que cada um escolha o seu candidato, se os princípios forem ensinados, eles escolherão bem, se assm quiserem ser boas ovelhas. 
Considerações Finais
Muitas coisas poderiam ainda serem ditas, mas não são necessárias para o momento. Durante estes quatro textos que refletimos sobre o sal dos pastores na liderança com princípios, na visão ministerial, na consciência e agora na política, contribuímos para crescimento do Reino de Deus. Não sou perfeito e nem exijo perfeição de ninguém. Todos tem  o direito de se posicionarem, inclusive eu. Não proclamo a verdade absoluta nas minhas opiniões, mas Cristo e a sua Palavra são absolutos.   Acredito que não faltei com o respeito e sei que nem sempre estes texto vão obter unanimidade. No entanto, creio que será útil esta contribuição.

O Sal do Pastores em sua Consciência Pastoral – Parte III

Teólogo e Pedagogo

“Vós sois o Sal da terra; e se o Sal for insípido, com que se há de Salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13. Baseado neste texto já mostramos que os pastores devem ter uma liderança com princípios e que é necessário ter uma acurada visão ministerial. Hoje falaremos sobre o Sal da boa consciência pastoral.

Quando os homens são chamados por Deus para um ministério, eles ficam entusiasmados, eles criam coragem, a fé se revela e não param de sonhar. Nestes com a pureza do coração, sensibilidade a voz de Deus e com amor ao seu  Deus, a consciência pastoral brilhava de fome de justiça e a honra aos seus valores, a família, a si, a Deus e ao rebanho do Senhor Jesus era tudo que sonhavam. O tempo passa e os problemas, os sofrimentos, perseguições, traições, incompreensões, as dores, as carências etc, desgastam os homens de Deus. O coração deles mudam. Eles mudam e mudam muito. Muitos acreditam que amadureceram e na verdade muitos amadureceram e outros tantos apodreceram.  

No Ministério Pastoral há muita dor. Não podemos negar que haja a parte alegre, o problema é que o Ministério por muitas vezes parece cozinhar o pastor em banho-maria. Isto mata a alma e a boa consciência. Diante disto, temos que informar que consciência danificada significa morte da vida ministerial. É claro que ele pode está com um grande ministério, mas eles sabem que não é mais o mesmo e que por dentro está morto.

A  palavra “consciência”, segundo o  Dicionário Internacional  de Teologia do Novo Testamentosyneidêsis, transliteração do grego,  passou por desenvolvimento no seu significado. Duas coisas menciono, a primeira, que o seu significado “originalmente se focaliza sobre o conhecimento na capacidade de relacionar algo consigo mesmo, especialmente quando a pessoa evoca o seu próprio passado” e em segundo lugar, no Novo Testamento esta palavra consciência é vista em Romanos 2:15,  com atributo de “discernimento e julgamento”. Neste “atribui-se à consciência o papel de despertar o conhecimento da lei que está escrito no coração”.  A consciência é um “tribunal de apelação”. Esta definição desperta a necessidade de refletirmos sobre várias áreas em que a consciência pastoral não pode morrer.  

O Sal dos Pastores em sua Consciência Pastoral

1- Consciência de si

Vivemos e esquecemos quem somos. Simplesmente perdemos a boa consciência de si. Isto acontece sem percebermos. São muitas as atividades e pouca reflexão de si. É por isso que nos distanciamos da pessoa que éramos no inicio do ministério. Será que isto realmente acontece? 

a-      Consciência dos seus valores – Temos que levar os nossos valores ao tribunal da consciência. Não podemos ser hipócritas. Não podemos prestar atenção no cisco no olho do irmão sem ter misericórdia, pois quem saiba tenhamos ciscos ou até mesmos traves nos nossos olhos. Os valores não estão a venda por favores ou benefícios. Mas, vale o prejuízo do que abrir mão dos valores. Infelizmente, muitos vendem a sua consciência por posicionamentos políticos ou por bajulação de pessoas em posição de honra.  Os pastores que são bajuladores são uma tristeza para seu povo. Quando um pastor fica bajulando um político ou uma pessoa rica, as outras pessoas se sentem menosprezadas. O pastor deve valorizar e tratar a todos iguais, isto é um valor inegociável. A sua ética tem que ser refletida. É claro que a certas coisas que depende do contexto, do ponto de vista etc. Todo posição tem o seu custo e se ele resolve inovar, maior será o preço. As questões sugeridas para refletirmos antes de uma tomada de posição são as seguintes: Se Cristo estivesse em meu lugar faria ou diria isto? Estou glorificando a Deus? Estou defendendo um bem maior? Estou sendo justo e misericordioso?  Estou sendo honesto? Estou valorizando mais as pessoas do que o dinheiro, bens materiais e o status? Etc.

b-      Consciência da sua sensibilidade e de fome da justiça

Para ser sensível tem haver empatia e misericórdia. Há muitos anos fui informado que no interior de Minas Gerais, na Escola Bíblica Dominical, um pastor preocupado com o bem estar das suas ovelhas fez uma pergunta a uma irmã, pois havia chovido muito na noite anterior. Ele perguntou: Como foi a noite da irmã em Cristo? A irmã em Cristo respondeu que o barraco que morava estava cheio de goteiras e que não conseguira dormir naquela noite. A igreja estava construindo o seu templo, mas o pastor indignado pelo sofrimento dos irmãos que não tinham moradia digna, reuniu toda a igreja e levou a proposta de parar a construção do templo e a construir casas para os irmãos da igreja que estavam precisando. A proposta foi aprovada e a e assim foram construídas várias casas as quais foram presenteadas ao irmãos necessitados. Isto se chama sensibilidade e ter fome de justiça. Sensibilidade aos necessitados e aqueles que precisam algum tipo de apoio. Tudo dentro do possível. Muitos são as áreas que precisamos ser sensíveis, outro exemplo: perdoar. Ter fome de justiça é não aceitar o injusto e fazer alguma coisa dentro do possível, pois o impossível pertence a Deus.

c-      Consciência dos seus sonhos

Os sonhos estão falecendo e muitos dos seus donos já estão com a certidão de óbito. Deus renovará os seus sonhos não desista. As pessoas da igreja também são iguais a ti, elas precisam de palavra de esperança e não serem constantemente criticadas por que não são tão presentes nos culto etc. Os sonhos precisam ser pensados e para se alcançar é preciso fé, saber aproveitar as oportunidades, ser sábios, corajosos etc.

d-     Consciência de si e a pureza

A pureza de coração nos proporciona paz no coração e comunhão com Deus. Nunca se esqueça, a pureza no coração atrai pessoas a Deus.

e-      Consciência da sua coragem

A coragem está dentro do seu coração. Parece que agente não tem, mas tem sim senhor. Ela está lá escondida no canto do coração. Quer ver a coragem aparecer?  Dê o primeiro passo... No ministério precisamos de coragem e ela está presente no Sal.

f-       Consciência da honra

Precisamos aprender a honrar a todos e cada um na sua proporção. A honra justa e não bajulação. Nunca dê honra de pastor a um diácono e a honra de um diácono a um pastor, ainda que seja auxiliar e ainda que o seu diácono seja rico. A honra injusta traz divisão no rebanho  ou já é a prova que já está dividida. Existe a honra do evangelista como evangelista, do diácono como diácono, do pastor auxiliar como pastor auxiliar, do ministro do louvou como ministro do louvor, do tesoureiro como tesoureiro etc. Quer ter paz na sua igreja? Dê a honra justa.

g-      Consciência de si na sinceridade.  Ser sincero é não ter cera para tapar os buracos  e nem mostrá-los. Ser o que se é sem disfarce é um princípio da felicidade. Conheça uma pessoa sincera, pode não ser tão agradável ou pode até ser agradável, mas com certeza você poderá confiar nela e esta pessoa será mais feliz do que imagina. Por que o pastor tem que ser uma pessoa projetada pelos outros? Por que ele não pode ser ele mesmo? Ouse ser você mesmo e ponto final.

h-      Consciência  do impacto da sua liderança na vida dos outros

Um líder, um pastor, tem um impacto incrível na vida das pessoas e o que pergunto é: Qual é o seu impacto nas pessoas? Lembre-se as suas palavra tem uma importância muito grande na vida das suas ovelhas e isto muito mais do que imaginamos.

i-        Consciência dos seus limites

O pastor tem limites físico, mental e emocional. Pastores perdem paciência e falam o que não devem falar. Quando o mesmo está esgotado é preciso descanso. Conheci um pastor que dizia o seguinte: “Eu não tiro férias porque o diabo também não tira férias”. A isto eu lamento este tipo de pensamento. O pastor precisa de descanso para renovação do seu ser. Não apenas isto, não queira assumir tudo na igreja, você não é super homem, é mortal. Distribua tarefas...

2- Consciência de Deus em sua vida

Muitos de nós entra nos rituais do ministério e se esquece do principal. Eles se esquecem do seu Deus. Temos que ter a consciência que Deus nos chamou, nos sustenta e nos protege. Ele é o dono da igreja e do ministério. Ele não te chama para uma igreja, ele te chama para o ministério. Ministério significa serviço. Você pode servi-lo em qualquer lugar, em qualquer posição e em qualquer igreja.  Os lugares e as igrejas são diferentes, devido a isto as facilidade e dificuldade são diferentes.  Confie em Deus, ore, ouça o Espirito Santos, pense e aja com sabedoria.

3- Consciência do valor da sua família

O pastor não pode se esquecer da sua família e da sua vida conjugal. Na sua casa você é esposo e pai. Na sua casa você não é pastor. A sua preocupação deve focar em ser um bom companheiro da sua esposa. O pastor, homem, precisa investir na sua vida conjugal, que entre outros pontos, a sua vida sexual. A educação dos filhos deve levar atenção. É bom que o pastor tenha o seu dia  exclusivo com sua família. Entretenimento é muito bom... Neste dia não se deve atender ovelhas, agora é a vez da família. As ovelhas devem compreender, pois se o pastor não der atenção a sua família, a igreja poderá ser prejudicada.

4- Consciência vida acadêmica

A vida acadêmica do pastor é complementar ao seu chamado. Isto é uma coisa boa. Quanto mais a pessoa estudo, há maior possibilidade de melhor servir. Isto valoriza o seu ministério. Há certos irmãos que não aceitam dar importância a vida acadêmica. Eles separam chamado de Deus com ser teólogo. Quero dizer que todos os pastores pregam, ensinam e formam o povo com conceitos teológicos. Não importa se estes conceitos estão tecnicamente organizados ou não. Eles são conceitos teológicos usados continuamente por estas pessoas que não possuem formação teológica. Eles são teólogos empíricos e não tecnicamente formados. Um pastor leigo passar conceituar salvação corretamente e isto é bom. Mas, não seria melhor que tivessem uma boa formação teológica para melhor servir. Se eu amo o meu povo porque não busco crescer em conhecimento para melhor servir?  Não há justificativa. Quem quer ser pastor deve saber que o mundo é complicado e quanto mais buscarmos, mais seremos  úteis. Vejam Pedro e Paulo, o apostolo Paulo não conviveu três anos com Jesus, mas o seu ministério teve um alcance muito superior ao de Pedro. Apostolo Paulo tinha uma formação muito superior a de Pedro.



Finalizarei a série "o Sal dos pastores" com o ponto: O Sal dos pastores na política



O Sal dos Pastores – Parte II - Visão Ministerial
Teólogo e Pedagogo

Nesta segunda parte estarei dando continuação e se você não leu a parte anterior, toque neste link O Sal dos Pastores - Parte I. Na primeira parte tratamos sobre o exercício de uma liderança com princípios. Iniciei falando sobre liderança e é claro que há muitos temas interligados. Todavia, de forma didática estou separando os assuntos para facilitar o entendimento. Os pastores são importantes e eles precisam que o seu Sal faça algum efeito nas vidas das suas ovelhas e na sociedade. Caso contrário, só servirão para serem pisados pelos homens.  

O Sal dos Pastores na Visão Ministerial

Todo ministro possui uma Visão Ministerial e isto não quer dizer que ele a tenha de forma organizada. Também, não quer dizer que ele saiba dizer exatamente qual seja esta visão e nem tão pouco se o povo sabe ou entende a sua visão. Simplesmente, as coisas são feitas... A Visão Ministerial gera sentido e significado na liderança, ou seja, o Sal ativo que o pastor precisa.

Ao definir  Visão e, em particular, Visão Ministerial, uso a definição de John Haggai, que diz que "visão é a imagem clara do que desejamos" e contextualizo esta da seguinte maneira: Visão Ministerial é a imagem clara que o ministro deseja para sua igreja, sua família e para sua vida. Muitos querem dividir a vida do pastor e o mesmo se torna um escravo do  ministério.  

O entendimento coerente sobre Visão é aquela que traz os traços do estilo pessoal do seu portador, que se adapta ao rebanho e ao seu contexto.  A visão tem que expressar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo de forma integral. Isto quer dizer,  que se deve levar em conta a igreja como coletividade e como seres individuais. Assim como o pastor ao preparar o sermão, não estar o preparando para si e sim para o povo, a sua Visão Ministerial  não é para si e sim para o povo. Ele não lidera para si e sim para o seu rebanho com o objetivo deste servir ao seu Deus.

É na visão que o pastor  irá traçar o estilo das suas mensagens e  liderança. É nela que vamos entender  como deve ser a igreja. Aí vemos o inicio das estratégias e de como a espiritualidade irá se mostrar na vida das pessoas  em seus caracteres  biopsicossocial.

Imagine a sua igreja desenvolvida. Este é o Modelo de igreja que você deseja? É na Visão Ministerial que o pastor irá dizer como deve ser a sua igreja.  Qual a sua visão de igreja?  Seria uma igreja que só trabalha com libertação e não educa? Ou seria uma igreja que prega o Reino de Deus, a salvação em Jesus Cristo, a santificação, a libertação, a vitória sobre os problemas etc.?  E ainda mais, seria uma igreja que teria serviços sociais diversos, segundo a sua condição financeira? E o louvor desta igreja, seria de que tipo? Os cultos como funcionariam? Teria tipos de Cultos? Teria obreiros com formação teológica ou seriam leigos? Quais seriam os métodos de trabalho da sua igreja? Qual seria o posicionamento da sua Visão Ministerial quanto a política  quanto a si mesmo, a igreja e ao mundo?

Visão Ministerial do pastor mostra quem ele é. Através da Visão a igreja se estabelece e ela é necessária. A pergunta que deixo é a seguinte: Como está a sua Visão?



Continuaremos no próximo texto.

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O Sal dos Pastores - Parte I - Liderança



O Sal dos Pastores - Parte I - Liderança

Marcio Gil de Almeida 
Teólogo e Pedagogo

“Vós sois o Sal da terra; e se o Sal for insípido, com que se há de Salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13

Nestes últimos anos tenho observado coisas que aos cristãos de 25 anos atrás nos teriam como distanciados da fé, do avivamento, da vida cristã etc. É possível que cristãos de 25 anos atrás conceituassem os evangélicos atuais, pastores e a Igreja, como distantes dos interesses do Reino de Deus.

Quando me converti a Cristo em 1985, os jovens da minha igreja tinham a admiração de muitos descrentes da sociedade. A moral dos crentes era admirável, um forte testemunho de Cristo e ninguém era possuído de pavor de vender para um crente. Hoje certos crentes com os seus testemunhos são um desserviço. Aumentou o número de crentes, aumentou os problemáticos e os falsos crentes. Não importa se não são a maioria, pois a maioria leva a fama injusta.

Eu me lembro que os pastores tinham a sua preocupação em cumprir as prioridades do Reino de Deus e havia um respeito aos mesmos da sociedade que os honravam sem piscar os olhos. A palavra de um pastor era valorosa. Os crentes do passado eram diferentes e a sociedade os via como diferentes. Eles eram diferentes porque acima de tudo defendiam os seus valores e a sua fé. É verdade que haviam falhas e exageros nas exigências, mas eles eram o que diziam ser e isto era acompanhado de um custo alto. Estes defendiam os seus valores independente de vantagens quaisquer, inclusive, favores políticos.

Quando lemos em Mateus 5:23 nos vemos na multidão que temos de ser Sal. Quando isto ocorre perdemos a visão de nós mesmos. Neste momento particularizo o ser “SAL” para os pastores. Por que foco nos pastores? Os pastores recebem maior honra, logo devem ser mais cobrados. O povo é cópia ou o clone do seu pastor. O povo recebe do pastor os ensinamentos verbais e de testemunho de vida. Eles aprendem sem perceber os conceitos, valores e até os hábitos imitam, se tiverem muito contacto com o seu pastor. Se  o pastor prega chutando o púlpito, como já aconteceu, as suas ovelhas vão aprender a pregar como ele, chutando o púlpito. Ele ensina na sua fala e em sua vida prática sobre política, e assim, o povo irá repetir. Se ele não se importa, se dar ou não apoio político a ladrão, tão pouco o povo se importará. O povo é o que o pastor é. Há muitos anos, certo pastor famoso disse que os evangélicos iriam crescer muito, mas a qualidade não seria boa. Será que isto hoje é uma realidade? Se for uma realidade, qual  seria o por quê? Olhem para os pastores deles, é assim que são. Não quero colocar a culpa dos pecados das pessoas sobre os pastores, cada um que pague pelos seus próprios pecados, mas os pastores levam o peso de muita responsabilidade. Conheço muitos pastores que ensina e vivem corretamente e o povo é uma vergonha, assim como o contrário, também, é verdade.

Nesta primeira parte vou discorrer sobre um único ponto com os seus subpontos. Vejam o primeiro ponto:

O Sal dos pastores em sua liderança.

Ser líder não é fácil. Tem um preço pessoal e um desgaste grande em toda sua alma. O pastor é líder, é  humano e ele a certa e erra. Assim, o ser humano a certa e erra. Ele sabe que liderar é influenciar e não cabe ditadura. Exercer a autoridade não nos torna superiores ou donos da verdade. A Bíblia nos ensina que os pastores devem guiar os rebanhos pelo exemplo. Em I Pedro 5:2-3, diz: “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho.” Quando não há exemplo, o SAL é insípido e pra nada serve. Infelizmente, aqueles que não dão exemplo, entra nas portas da manipulação, da mentira, do desrespeito e da ditadura. É claro que também, ditadura pode vir por ideologia ou por incompetência. Eles fazem isto para se manterem no cargo de pastor presidente com o objetivo de continuarem a receber os benefícios. Eles se esquecem que a questão não é estarem à frente de um rebanho para permanecerem no ministério pastoral. O Ministério Pastoral não é cargo. Há aqueles que estão no cargo de pastor e não tem o ministério pastoral. Da mesma forma que há aqueles, que não têm cargos de pastor, mas são pastores.

Ser líder indica liderar por influência em todo o seu ministério. A final de contas, exemplo em quê? Na justiça, no amor, na misericórdia, na verdade, na fé, na paz e na Palavra de Deus.

1- O Sal da influência pastoral na justiça. 

O Sal do pastor tem que ter justiça. E o que é justiça? Justiça é o pastor dar ao outro o que é dele e o mesmo receber dos outros, o que lhe pertence. Ser líder justo nos recurso para com o grupo e demais obreiros ou pastores. Ser justo na distribuição da honra, nas oportunidades, nos cuidados, na atenção etc. Nós pastores temos que perguntar à nossa consciência se realmente estamos sendo justos com a igreja e a nossa família. Saiba que as escrituras nos ensina que se não julgarmos a nós mesmos, os outros nos julgará.  Lembre-se, quando houver conflito na igreja, o seu Sal da justiça estará sendo usado ou os homens estarão pisando no insípido Sal? Não quero aqui dizer que a igreja, também, não comete injustiças com os seus pastores. Julguem a si mesmos...


2- O Sal dos pastores no amor

Amar é fazer o melhor possível para si e para o próximo.  O bem que quero a mim é o bem que desejo para o próximo. A oportunidade, o respeito, a valorização, o cuidado, o reconhecimento que desejo para minha vida é a mesma coisa que desejo para os demais. No amor desejo a justiça e a misericórdia para o próximo se colocando no lugar do outro.


3- O Sal dos pastores na misericórdia

Misericórdia significa “ser favorável”. É com o Sal da misericórdia que nos tornamos favoráveis, mesmo para quem não merece tanto. É com este Sal que perdoamos as ovelhas ingratas, injustas e abusadas que nos agridem e nos tiram o que é justo. É com misericórdia que não tomamos tudo a ferro e fogo. Aprendemos a relevar coisas pequenas e até erros grandes conseguimos ver ali a oportunidade de uma mudança positiva. Só com o Sal da misericórdia conseguimos ver a possibilidade de uma mudança e de um futuro diferente para os miseráveis, impuros, prostitutos, ladrões, assassinos, mentirosos e corruptos. É usando a misericórdia que nos tornamos flexíveis, diplomatas e bondosos.

4- O Sal dos pastores na verdade

A palavra “Verdade”, no grego aletéia, significa “ aquilo que se é, independente da mera aparência”.  Neste Sal da verdade, o pastor não precisar ser outra pessoa, ele precisa ser verdadeiro. Ele precisa ser ele mesmo e não um projeto de pastor que os outros esperam.  Caráter é crucial, mas estilo e forma de liderar é uma questão individual. Precisamos ser um só, dentro de cada contexto, a mesma pessoa. Ser o que somos igualmente a todos. Não importa se o pastor está tratando com rico ou pobre, famoso ou desconhecido, com os seus próprios interesses ou com interesses do próximo, ele sempre é o mesmo, verdadeiro como deve ser. Os seus valores são os mesmos perante qualquer um e em qualquer lugar. Aquele que é verdadeiro é simples. O simples é logo descoberto o seu coração e caráter. Quem tem o Sal da verdade não vive de aparências...

 5- O Sal dos pastores na fé


Os pastores devem ser exemplo de fé. A fé cristã é mostrada nas Escrituras Sagradas abrangendo o sobrenatural e o racional. A fé do pastor só pode Salgar de fato se for equilibrada. Ele não pode crer em tudo o que se dizem. Por exemplo: O pastor não pode ser guiado por profecias, a profecia serve para confirmar o que Deus já tem falado ao seu coração. O pastor é guiado por fé nas Escrituras Sagradas que nos ensino o equilíbrio entre o racional e o sobrenatural. As declarações de fé podem ser ousadas, no entanto não podem ser loucas. A fé cristã é sobrenatural, contudo não é louca. Devemos tomar cuidados com os desafios de fé e ao mesmo tempo  temos de tomar cuidado com o outro extremo, a incredulidade. Lembrando que a nível de confiança em Deus e nas Escrituras Sagradas é total, mas nas pessoas é comum e limitada.

     6- O Sal dos pastores na paz

O pastor tem que ser pacificador, não provocador de guerra e nem pode ser “besta”. Não pode usar o atributo do Sal em ser pacificador para não entrar em atrito por justiça. Muitos estão usando o atributo de pacificador para se calarem com o “ar de prudência e de sabedoria”. Exemplifico da seguinte maneira: Os cristão estão sendo mortos aos milhares no mundo. Então, certo pastor que tem influência nacional fica calado com a desculpa de ser “ponderado”. Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, pegou um chicote, quebrou barracas, fez um escândalo no templo de Jerusalém por estar acontecendo uma profanação. Às vezes confundimos ser pacificador com conveniência.

      7- O Sal do pastor na Palavra de Deus

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Justiça reconhece vínculo empregatício de cantores com igreja

Para a juíza da 23ª Vara do Trabalho em Belo Horizonte, o contrato de trabalho não exige forma especial, podendo se manifestar por uma situação.

Com esse entendimento, a juíza Thaísa Santana Souza, da 23ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, deferiu pedido de uma dupla de cantores e reconheceu seu vínculo empregatício com a Igreja Pentecostal Deus é Amor.

Segundo Abeildo Rodrigues de Souza e Anito Rodrigues da Silva, autores da ação, eles foram contratados pela igreja e pela gravadora Voz da Libertação em junho de 2007, sem carteira de trabalho assinada, para a função de cantores, e foram dispensados em julho de 2011. Afirmam que se apresentavam, em média, três vezes por semana, de acordo com cronograma definido pelos empregadores.

Eles pediam o reconhecimento de vínculo empregatício com a igreja e pagamento das verbas decorrentes, além de anotação na carteira de trabalho.

Para Thaísa Santana, a partir da análise dos depoimentos e documentos, verificou-se a existência dos cinco requisitos para a caracterização do vínculo empregatício: trabalho desempenhado por pessoa física, com pessoalidade, onerosidade, subordinação e sem eventualidade.

Assim, determinou os seguintes pagamentos, de acordo com todo o período de trabalho: aviso prévio indenizado; férias vencidas; 13° salário e FGTS.

Direitos autorais
A dupla pediu, também, o pagamento de diferenças relativas ao lucro pela venda de CDs, criação, divulgação artística interpretação das músicas, inclusive taxas do Ecad não repassadas. Pleitearam, ainda, o pagamento de indenização por danos morais e à imagem com base na Lei de Direitos Autorais.

A juíza deferiu o pedido e fixou o valor de R$5 por cada disco — a tiragem total foi de 69,5 mil cópias. Além disso, os autores receberão, cada um, R$ 200 mil por danos morais.

Processo 0001104-32.2012.503.0023

Clique aqui para ler a decisão.

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Sal do Pastores em sua Consciência Pastoral – Parte III

Teólogo e Pedagogo

“Vós sois o Sal da terra; e se o Sal for insípido, com que se há de Salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mateus 5:13. Baseado neste texto já mostramos que os pastores devem ter uma liderança com princípios e que é necessário ter uma acurada visão ministerial. Hoje falaremos sobre o Sal da boa consciência pastoral.

Quando os homens são chamados por Deus para um ministério, eles ficam entusiasmados, eles criam coragem, a fé se revela e não param de sonhar. Nestes com a pureza do coração, sensibilidade a voz de Deus e com amor ao seu  Deus, a consciência pastoral brilhava de fome de justiça e a honra aos seus valores, a família, a si, a Deus e ao rebanho do Senhor Jesus era tudo que sonhavam. O tempo passa e os problemas, os sofrimentos, perseguições, traições, incompreensões, as dores, as carências etc, desgastam os homens de Deus. O coração deles mudam. Eles mudam e mudam muito. Muitos acreditam que amadureceram e na verdade muitos amadureceram e outros tantos apodreceram.  

No Ministério Pastoral há muita dor. Não podemos negar que haja a parte alegre, o problema é que o Ministério por muitas vezes parece cozinhar o pastor em banho-maria. Isto mata a alma e a boa consciência. Diante disto, temos que informar que consciência danificada significa morte da vida ministerial. É claro que ele pode está com um grande ministério, mas eles sabem que não é mais o mesmo e que por dentro está morto.

A  palavra “consciência”, segundo o  Dicionário Internacional  de Teologia do Novo Testamentosyneidêsis, transliteração do grego,  passou por desenvolvimento no seu significado. Duas coisas menciono, a primeira, que o seu significado “originalmente se focaliza sobre o conhecimento na capacidade de relacionar algo consigo mesmo, especialmente quando a pessoa evoca o seu próprio passado” e em segundo lugar, no Novo Testamento esta palavra consciência é vista em Romanos 2:15,  com atributo de “discernimento e julgamento”. Neste “atribui-se à consciência o papel de despertar o conhecimento da lei que está escrito no coração”.  A consciência é um “tribunal de apelação”. Esta definição desperta a necessidade de refletirmos sobre várias áreas em que a consciência pastoral não pode morrer.  

O Sal dos Pastores em sua Consciência Pastoral

1- Consciência de si

Vivemos e esquecemos quem somos. Simplesmente perdemos a boa consciência de si. Isto acontece sem percebermos. São muitas as atividades e pouca reflexão de si. É por isso que nos distanciamos da pessoa que éramos no inicio do ministério. Será que isto realmente acontece? 

a-      Consciência dos seus valores – Temos que levar os nossos valores ao tribunal da consciência. Não podemos ser hipócritas. Não podemos prestar atenção no cisco no olho do irmão sem ter misericórdia, pois quem saiba tenhamos ciscos ou até mesmos traves nos nossos olhos. Os valores não estão a venda por favores ou benefícios. Mas, vale o prejuízo do que abrir mão dos valores. Infelizmente, muitos vendem a sua consciência por posicionamentos políticos ou por bajulação de pessoas em posição de honra.  Os pastores que são bajuladores são uma tristeza para seu povo. Quando um pastor fica bajulando um político ou uma pessoa rica, as outras pessoas se sentem menosprezadas. O pastor deve valorizar e tratar a todos iguais, isto é um valor inegociável. A sua ética tem que ser refletida. É claro que a certas coisas que depende do contexto, do ponto de vista etc. Todo posição tem o seu custo e se ele resolve inovar, maior será o preço. As questões sugeridas para refletirmos antes de uma tomada de posição são as seguintes: Se Cristo estivesse em meu lugar faria ou diria isto? Estou glorificando a Deus? Estou defendendo um bem maior? Estou sendo justo e misericordioso?  Estou sendo honesto? Estou valorizando mais as pessoas do que o dinheiro, bens materiais e o status? Etc.

b-      Consciência da sua sensibilidade e de fome da justiça

Para ser sensível tem haver empatia e misericórdia. Há muitos anos fui informado que no interior de Minas Gerais, na Escola Bíblica Dominical, um pastor preocupado com o bem estar das suas ovelhas fez uma pergunta a uma irmã, pois havia chovido muito na noite anterior. Ele perguntou: Como foi a noite da irmã em Cristo? A irmã em Cristo respondeu que o barraco que morava estava cheio de goteiras e que não conseguira dormir naquela noite. A igreja estava construindo o seu templo, mas o pastor indignado pelo sofrimento dos irmãos que não tinham moradia digna, reuniu toda a igreja e levou a proposta de parar a construção do templo e a construir casas para os irmãos da igreja que estavam precisando. A proposta foi aprovada e a e assim foram construídas várias casas as quais foram presenteadas ao irmãos necessitados. Isto se chama sensibilidade e ter fome de justiça. Sensibilidade aos necessitados e aqueles que precisam algum tipo de apoio. Tudo dentro do possível. Muitos são as áreas que precisamos ser sensíveis, outro exemplo: perdoar. Ter fome de justiça é não aceitar o injusto e fazer alguma coisa dentro do possível, pois o impossível pertence a Deus.

c-      Consciência dos seus sonhos

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Sal dos Pastores – Parte II - Visão Ministerial

Teólogo e Pedagogo

Nesta segunda parte estarei dando continuação e se você não leu a parte anterior, toque neste link O Sal dos Pastores - Parte I. Na primeira parte tratamos sobre o exercício de uma liderança com princípios. Iniciei falando sobre liderança e é claro que há muitos temas interligados. Todavia, de forma didática estou separando os assuntos para facilitar o entendimento. Os pastores são importantes e eles precisam que o seu Sal faça algum efeito nas vidas das suas ovelhas e na sociedade. Caso contrário, só servirão para serem pisados pelos homens.  

O Sal dos Pastores na Visão Ministerial

Todo ministro possui uma Visão Ministerial e isto não quer dizer que ele a tenha de forma organizada. Também, não quer dizer que ele saiba dizer exatamente qual seja esta visão e nem tão pouco se o povo sabe ou entende a sua visão. Simplesmente, as coisas são feitas... A Visão Ministerial gera sentido e significado na liderança, ou seja, o Sal ativo que o pastor precisa.

Ao definir  Visão e, em particular, Visão Ministerial, uso a definição de John Haggai, que diz que "visão é a imagem clara do que desejamos" e contextualizo esta da seguinte maneira: Visão Ministerial é a imagem clara que o ministro deseja para sua igreja, sua família e para sua vida. Muitos querem dividir a vida do pastor e o mesmo se torna um escravo do  ministério.