I – VERSÕES DA BÍBLIA
1 – RAZÃO PARA AS VERSÕES
As versões contendo o
Velho Testamento e o Novo, são bem mais numerosos do que as que contém somente
o Velho Testamento. Isto porque não havia nenhuma razão para o judeu sectário,
publicar o seu livro sagrado nos 4 cantos da Terra. E nenhuma civilização da
época, estava realmente interessada nisso, devido a grande antipatia que tinham
por este povo. Porém com a mensagem universal do evangelho de Cristo, e
posteriormente com o aparecimento da igreja na Síria, Ásia Menor, Egito,
Etiópia, Norte da África, Macedônia, Grécia, Itália e muito além , as novas
igrejas precisavam de traduções das Escrituras em suas próprias línguas . daí surgir
o importante trabalho de tradução da palavra de Deus, trabalho este tem
continuado até o presente.
2 – FIDELIDADE NA CÓPIA
Alguns detalhes nas
próprias cópias nos dão provas da fidelidade copista mostrada na hora de
reproduzir o texto.
Encontramos no MSS algumas
palavras que trazem sobre si estranhos sinais que os críticos não conseguem
decifrar. A única explicação lógica é que foram originados de um movimento
acidental da pena de um determinado copista, que outro ao tornar a reproduzir
repetiu fielmente o que ali estava.
Outras vezes encontramos
em um MS uma letra maior do que as que estão sendo usadas. Fato curioso é que
quando os técnicos comparam com outros MSS notam que os copistas reproduziu
aquela letra rigorosamente do tamanho da original.
Até a separação existente
entre as apalavras era observada.
Quando um copista cometia
um erro muito grave, que poderia dificultar o entendimento do texto , ele
anulava aquele MS e começava tudo de novo.
O temor e a fidelidade
desses homens chegava a tal ponto, que ao escreverem o nome inefável YAVÈ, mudavam de pena e se inclinavam até ao
pó. Tudo isso nos enche de espanto e são dignos de nossa admiração e gratidão,
pelo cuidado com que realizavam a obra de preservação do texto sagrado.
3-CÓPIAS
já afirmamos que não
existe mais nenhum MS original de qualquer livro da bíblia. Todos desapareceram
, sendo as causas do desaparecimento as mais variadas:
a)
Fragilidade do material.
b)
Destruição por inimigos;
c)
Guerras;
d)
Queima por inimigos ou por amigos;
e)
Sepultamento por amigos.
Como já sabemos, o zelo
era tal, que quando algum Ms danificava-se pelo uso, era destruído para evitar
que ficasse jogado pelos cantos ou profanado de qualquer maneira.
A não existência dos
originais não deve de maneira nenhuma
abalar os alicerces de nossa fé, porque apesar disso Deus preservou a
Sua palavra com toda integridade.
As cópias MSS foram feitas
nas línguas originais da bíblia, isto é grega e hebraica.
Os dois tipos de MSS
conhecidos são:
A)
UNICIAIS OU MAIÚSCULAS.
Era confeccionado com
maiúsculas. Por isso é também chamado de “MANUSCRITO MAIÚSCULO”. Outro detalhe
importante é que suas letras não eram ligadas. São os mais antigos existentes e
foram grafados em papiro e alguns em pergaminho. A partir do 4° século foram
sendo substituídos pelos MSS tipo
cursivo ou Minúsculo. Os 3 mais importantes MSS Unciais que se conhece são:
1.
Códex Sinaiticus – Álefe
Foi descoberto pó
TISHENDORF, no Convento de Santa Catarina, no sopé do Sinai, em 1834. Está no
Museu Britânico, e pertence ao 4° século. Depois de examinar cuidadosamente
este MS, Tishendorf fez 3 mil correções na 8ª edição de seu Novo Testamento
grego. É o único MS que contém todo o NT.
1.
1 - Códex Vaticanius –
Beta
Também é do 4° século. É o
melhor MS grego no NT. Infelizmente termina com Hebreus 9:13. está na
biblioteca do vaticano.
1.
2 – Códex Alexandrino – Álefe
é a primeira metade do 5°
século. O copista começou cada parágrafo com uma letra maior do que a maiúscula
natural. Há evidências de que foi produzido 4 copistas. É o melhor MS para
análise do Apocalipse. Está no Museu Britânico.
B)
CURSIVOS OU MAIÚSCULOS
Foi este que ao poucos
substitui o Uncial, porque o material de escrita se tornou muito caro (
pergaminho). Sendo necessário diminuir a letra e unir as palavras. De modo que
enquanto minúsculo se refere ao tamanho da letra cursivo, a junção delas. É
justamente por essa evidência de ordem econômica que concluímos que os Unciais
são antigos. Mais de 2500 deles são conhecidos. Todavia, não são de grandes
valor devido a idade deles ( X século). A maioria foi copiada das Unciais e
eram escritos em pergaminhos. Apenas 167 deles contém todo o NT.
II – VERSÕES MSS CONTENDO
APENAS O VT
1 – O PENTATEUCO
SAMARITANO
Foi confeccionado cerca de
430 A.C., escrito num dialeto da mesma família da língua hebraica (siríaco),
inclusive com caracteres do antigo hebraico. É mais uma revisão que tradução do
livro hebraico. Não se deve confundi-lo com a versão Samaritana mais moderna ,
que é uma tradução literal.
2 – OS TARGUNS
É aversão que mais se aproxima
do original hebraico . foi feita para os judeus da Palestina , que tinham
perdido grande parte do uso de sua própria língua no cativeiro babilônico. Por
incrível que pareça os rabinos preparavam essas traduções com base
especificamente oral. A história não precisou a data em que eles apareceram,
todavia, sabe-se que estão para trás de 450 A. C. ( época de Esdras).
3 – A SEPTUAGINTA
É a famosa tradução do VT
hebraico para o grego. Era destinada ao uso dos judeus helenistas residentes
principalmente em Alexandria. Foi iniciada aproximadamente em 285 e concluída
em 247 A . C. É também chamada de
ALEXANDRINA, devido ao seu ligar de origem. O nome SEPTUAGINTA, deve-se ao fato
do trabalho ter sido feito por 72 sábios judeus, conhecedores do grego
evidentemente, a pedido do rei PTOLOMEU FILADELFO de Alexandria. Tanto Jesus
como os apóstolos usaram esta tradução em suas citações do VT. Os rabinos
condenaram-na por ter ela servido grandemente a causa cristão.
III – VERSÕES MSS CONTENDO
O VT E NT
1
– A PESHITA SIRÍACA
Pechita sugnifica
“correta”. Foi feita no 2° século A.D. , diretamente do original hebraico, havendo concordância rigorosa com o
texto. Massorático . Não sabemos porque não aparecem nelas os livros de: II Pe
, 2° e 3° Jo, Judas e Apocalipse.
2 - A VULGATA LATINA
Já existiam duas versões
latinas. Uma chamada “ HEXAPLA”, da
autoria de ORIGENES ( 185 –254), usando a septuaginta. Tinha mais o caráter de
comentário e analise, do que propriamente versão. E a segunda, chamava-se “ANTIGA
LATINA”, feita no segundo século. Era uma sofrível tradução da Septuaginta,
mais os documentos inspirados que já circulavam na época.
Diversidades e
imperfeições nestas versões latinas, levaram Jerônimo a produzir a famosa
VULGATA LATINA, trabalho este, realizado desde 383 a 405 A. D.
A princípio ele baseou-se
na Septuaginta, depois passou a usar o texto original hebraico. Fato curioso é
que ele não traduziu os livros apócrifos por não constarem dos textos de origem
da versão. Porém petições de amigos o levaram a traduzir Judite, Tobias,
Acréscimos a Éster, e Acréscimos a Daniel. Esta versão serviu de base para as
demais por um espaço de mil anos.
3 – O TEXTO MASSORÉTICO
Foi composto pelos
massoretas ou fiéis judeus que se propuseram através do acréscimo de vogais,
conservar a verdadeira pronuncia hebraica. Tanto o hebraico com as demais
línguas semíticas não possuíam vogais. O resultado disso é que gerava uma
incerteza quanto ao modo de se ler determinadas palavras, principalmente quando
o hebraico começou a desaparecer dando lugar ao aramaico.
Este gigantesco trabalho
realizado entre os séculos VI e VIII, teve como base os textos mais antigos
existentes. É como distinguir-se alguns tipos de Massorpa: Ei-los:
A)
MASSORÁ NUMERAL
Esta se preocupa
demasiadamente com números, chegando a registrar no final de cada livro o
número de versos, de palavras e até letras.
B)
MASSORÁ TEXTUAL
Este tipo se preocupa
especificamente com o próprio texto e suas particularidades. Neste tipo são
encontradas observações chamadas de:
1 – “PEQUENAS”
São breves observações
postas nas colunas das margens.
1.1
– “GRANDES”
São observações bem mais
amplas, aparecem por cima e por baixo do texto.
1.2
– “FINAIS”
Este tipo traz todas
observações no final de cada livro.
Etmologicamente a palavra
– MASSORÁ – significa “TRADIÇÃO”. Diz-se que a massorá “É A CERCA DA LEI”,
porque impede qualquer interpolar posterior levando o texto bíblico à
imunização contra mudanças.
O texto Massorético que
encontra-se nas edições impressas da bíblia hebraica, compreende não só o
trabalho do grupo massoreta em si, como também a contribuição de seus
predecessores e sucessores.
Salienta aqui que além
destas versões manuscritas citadas, existem outras tais como: EGÍCIA, ETIÓPIA,
GÓTICA, ARMENIANA, ARÁBICA, ESLAVA, GEORGEANA, PERSA, etc. todas contém ambos
as Testamentos. Não nos detivemos nelas por serem de menos importância.
IV – A INVENÇÃO DA
IMPRENSA
JOÃO GUTEMBERG, natural de
Mainiz, Alemanha, foi o “Pai da Imprensa”. Era um servo do Senhor. Há mais de
cinco séculos ele escreveu isso: “DEUS SOFRE, POIS HÁ MULTIDÕES QUE SUA
PALAVRA NÃO PODE ALCANÇAR. A VERDADE DIVINA ESTÁ PRESA EM ALGUMAS FOLHAS À MÃO.
VAMOS ROMPER OS SELOS E DAR ASAS A VERDADE. PARA DEIXÁ-LA VOAR A TODA CRIATURA
DE TODAS AS NAÇÕES.
Tanto se empenhou na difusão
da palavra, que o primeiro livro a ser impresso foi a bíblia na versão latina.
Chamou-se “BÍBLIA MAZARIM”, porque suas cópias foram colocadas na livraria do
cardeal MAZARIM, em Paris.
A imprensa se introduziu
em Milão e em Veneza em 1469, em 1470 em Paris e na Inglaterra em 1476. a
partir da época da imprensa despontou uma nova era para o texto sagrado como
literatura. No começo de Wicliff (sec.
XIV) , um copista gastava dez meses para fazer uma só cópia da bíblia, e o
trabalho custava 200 dólares. Com a invensão da imprensa, mil cópias podiam ser
feitas rapidamente e distribuídas pelo país sem fatos dispendiosos.
V – PRIMEIRAS VERSÕES
IMPRESSAS
Imediatamente ao
aparecimento da imprensa, como já era de se esperar, a preocupação maior era
produzir vários exemplares da Escritura, tanto em hebraico com em grego e
latim.
Na verdade a VULGATA
LATINA foi o primeiro livro a ser impresso, em 1455.
Temos que levar em
consideração que o NT grego saiu primeiro , em 1516. As primeiras edições do VT
foram feitas por judeus, incluindo um comentário hebraico. A bíblia toda em
hebraico , apareceu naturalmente, sob direção de cristãos em 1514. ela foi
incluída numa obra chamada “POLIGLOTA”, que continha além dessa bíblia um
comentário comparativo em relação as versões mais antigas. Esta obra foi
preparada palo cardeal Ximenes e impressa em ALCALA Espanha, em 1517. Contém 6
volumes.
1 – A BÍBLIA EM INGLÊS
Como já sabemos a igreja
romana mantinha uma rigorosa vigilância para que nenhum exemplar da bíblia
fosse publicada em língua que ele taxava de “VULGAR”. Isto é a bíblia deveria
permanecer nos idiomas;. HEBRAICO, GREGO E LATIM. E isto por questões óbvias,
mantendo o monopólio das Escrituras, o povo permanecia em ignorância
espiritual, e assim, a hierarquia papel dominava o mundo e vivia na opulência.
Aliás, a igreja romana nunca escondeu seu desejo de dominar o mundo religiosa e
politicamente. O papa BONIFÁCIO VIII (1302) expediu uma bula (decreto
papal) declarando que a igreja precisava dirigir o mundo nos dois aspectos:
RELIGIOSO E POLÍTICO. E ainda teve a insolência de defender sua tese
“biblicamente” em Lc 22:38 . Roma seria o centro do mundo. De lá sairiam as
leis espirituais e políticas. Não foi por mero acaso, que dois grandes
ditadores que dominaram a Europa por algum tempo, foram coroados por papas.
A – CARLOS MAGNO
Coroado em Roma por Leão
III ( 795-816) . E seus domínios foram chamados de “SANTO IMPÉRIO ROMANO”.
B – NAPOLEÃO BONAPARTE
Foi coroado por Pio XII (
1800-1820). Este teve de ir até a França para coroar o ditador.
O próprio papa ao ser coroado ouve as seguintes palavras: “TU ÉS
PAI DOS PRÍNCIPES E DOS REIS, GOVERNADOR DO MUNDO, VIGÁRIO DE CRISTO NA TERRA”
Está claro que o mundo só
poderia se desvencilhar deste estúpido aparato com uma bíblia nas mãos. Uma
bíblia na língua do povo iria mostrar que tudo aquilo não passava de grosseria,
mentira. Por isso, a mais terrível ameaça ao Império Papal era colocar versões
populares da bíblia nas mãos da massa. Mesmo se opondo com “unhas e dentes” a tal propósito, a igreja romana não podia
impedir que Deus levantasse “ATREVIDOS” para o árdua e perigoso trabalho . O cristianismo foi introduzido no norte da
Inglaterra, por um escocês chamado PATRICK, que evangelizou também a Irlanda, e
isto, independentemente da inflência romana, em aproximadamente 500 A/D. No sul
AGOSTINHO enviado pelo papa Gregório I , em 597, introduziu o catolicismo.
Tendo o rei se convertido, o povo o seguiu, e Agostinho se tornou o primeiro
Arcebispo da Catedral Canterbury, estabelecendo aí o primeiro Mosteiro.
Naquele contexto
histórico, poucos podiam ler e quase nada havia para se ler, principalmente
textos espirituais. A única bíblia disponível era a Vulgata, em forma
manuscrita. Era escassa e não havia circulação. Apenas os padres tinham boa
instrução e, com seus discípulos ( pessoas manuseadas) tanto pregava o
evangelho como interpretavam a bíblia
para o povo.
Aos poucos foi nascendo o
desejo no coração do povo de terem a
bíblia em sua própria língua. E Deus preparou homens para realizarem essa
tarefa.
A . L. JOÃO WYCLIFF
Era o professor e
sacerdote em Oxford , quando o Senhor lhe falou ao coração no século XIV. As
reformas que ele advogou foram resultado de sua própria iluminação espiritual
através da leitura da bíblia. São palavras dele: “AS SAGRADAS ESCRITURAS SÃO
UMA PROPRIEDADE DO POVO, E UMA POSSESSÃO QUE NINGUÉM PODE ARRANCAR DO POVO.
CRISTO E SEUS APÓSTOLOS CONVERTERAM O MUNDO POR FAZEREM CONHECIDAS AS
ESCRITURAS. E EU ORO DE TODO CORAÇÃO QUE POR OBEDECERMOS AO QUE ESTÁ CONTIDO
NESTE LIVRO., POSSAMOS PROVAR A VIDA ETERNA.
Conseguiu uma tradução da
Vulgata e começou seu penoso trabalho de traduzir a Escritura para o inglês. O
NT ficou pronto em 1380 e o VT em 1382. é evidente que o velho Wycliff, homem
temente a Deus não inclui em sua versão, os visíveis erros da Vulgata de
Jerônimo (Ex. Gn. 3:15) “Ele esmagará”, Ef 5:32 “Sacramento”; Mt 3;2 e AT 2:38
“ fazei penitência” sendo por isto violentamente atacado pela igreja romana.
Arundel , arcebispo de Canterbury na época se referiu a Wycliff como “AQUELE
PESTILENTO DESGRAÇADO DE EXECRÁVEL MEMÓRIA SIM, O PRECUSSOR E DISCÍPULO DO
ANTI-CRISTO QUE COMO COMPLEMENTO DE SUA PERVERSIDADE , INVENTOU UMA NOVA
TRADUÇÃO DAS ESCRITURAS PARA SUA LÍNGUA MATERNA”.
Dois anos depois o término
do seu trabalho ele veio a falecer. Por incrível que pareça essa versão foi
totalmente manuscrita. A igreja caçou cada reprodução de seu texto e queimou,
prendendo seus possuidores. O papa da época ,Urbano VI, o excomungou, mandando
desenterrar os seus ossos queimar e lançar no rio.
O ato de Wycliff foi
considerado tão infame pela igreja romana, que em 1402 o papa Bonifácio IX
aprovou a queima dos hereges, principalmente aqueles que sem licença traduzisse
a bíblia para língua vulgar. O clero não poupava esforços para manter o livro
sagrado em oculto. Eis algumas de suas declarações: “As mulheres e
especialmente as freiras não devem ler livros daquela espécie, e menos ainda se
traduzido em língua vulgar.” “O relacionamento do povo com a bíblia deve ser
somente através de sermões e seus confessores”. “ O povo inculto e simples e
incapaz de retirar delas seu verdadeiro ensino”. Inocêncio III chegou a dizer
que “assim como o animal que tocasse o Monte Santo fosse apedrejado , assim
também a massa inculta e vulgar não devia tocar na Sagrada Escritura.”
Apesar de todas essas
ameaças, Deus levantaria outros homens para a mesma tarefa.
A.
2 WILLIAM TYNDALE
Após a Reforma, este varão
de Deus sentia noite e dia um ardente desejo de colocar novamente a bíblia na
língua do povo, em sua terra natal Inglaterra. Sendo descoberto o seu intento
pelos homens de Henrique VII., fugiu para Worms, onde a Reforma alemã favoreceu
o seu trabalho.
Em 1520 , seu Novo
Testamento em língua inglesa foi publicado e contrabandeado para Inglaterra em
fardos de mercadorias.
Tunstall, Bispo de
Londres, descobriu a manobra, prendeu os possuidores , caçou todos os
exemplares que conseguiu e queimou em clima de festa em frente a Catedral de
São Paulo, em 1529.
O chefe do parlamento
inglês Thomas More, acusou Tyndale de “corromper” e alterar o Novo Testamento ,
mudando a boa e salutar doutrina de Cristo em heresias diabólicas de sua
própria invensão. Comparou a versão de Tyndale a um “vintém de cobre prateado
por cima”
Apontava com maiores
errros de Tyndale as traduções das palavras:
1.
EKKLESIA: traduzido por “ Congregação”
2.
Á GAPE: traduzido por “Amor’. Ele preferia caridade.
3.
E o fato de ter deixado a palavra “presbítero” sem tradução.
Pelo crime de ter vertido
a palavra de Deus para a língua do povo, Tyndale foi preso em 1536,
estrangulado e depois queimado em estaca pelos famigerados oficiais da igreja
romana, que opunham ferozmente á leitura da palavra de Deus.
Antes do último suspiro,
esse notável HOMEM DE DEUS orou: “SENHOR, ABRE OS OLHOS DO REI DA
INGLATERRA! Três anos mais tarde o rei dizia: “ EM NOME DE DEUS DEIXO A
BÍBLIA SER ESPALHADA PELO POVO” .
Apesar deste decreto as
bíblias só podiam ser lidas pelo povo nas catedrais., onde permaneciam
acorrentadas aos bancos. Assim foram chamadas de “BÍBLIAS EM CADEIAS”.
A . 3 - VERSÃO DE CONVERDALE
Em 1536, camufladamente
estava prontinha a “Versão de Corverdale”, não trazendo destaque, pois
tratava-se mais de uma cópia dea “Versão de Tyndale”
A . 4 – VERSÃO DO REI TIAGO (KING JAMES)
Foi autorizada pelo rei
Tiago e tinha a finalidade de harmonizar todas as versões feitas até então. Com
isto ele pretendia uniformizar o culto escocês e inglês que apresentavam
discrepências devido a terminologia de cada versão. Seria a única versão
autorizada e de uso oficial em todo o domínio inglês. Começou em 1604 com 54
tradutores e terminou em 1611 com apenas 47. Alguns morreram e outros
desistiram . cada livro foi criticado em rodízio por todos eles. Os documentos
usados para essa versão foram além dos originais a antiga versão de Tyndale.
Esta versão tornou-se o texto padrão em todo o mundo de fala inglesa por 350
anos e foi conhecida também com o nome de “VERSÃO AUTORIZADA”.
A . 5 – BÍBLIA
AMERICANA REVISTA E PADRONIZADA
(THE AMERICAN STANDARD REVISED BIBLE)
Com o passar do tempo a
terminologia lingüística vai se modificando, exigindo que alguns documentos de
uso corrente se atualizem. Foi isto que aconteceu com a versão King James.
Muitas de suas palavras tiveram seus sentidos alterados no desenvolvimento da língua
inglesa, fazendo-se necessário o aparecimento de um texto mais puro e atual.
83 eruditos ( 51 ingleses
e 32 americanos) tomaram parte na formação dessa obra que saiu em 1901. Ela
segue basicamente a versão do rei Tiago, corrigindo sempre a linguagem arcaica
e sem mais sentido. Como sempre desde que foi publicada tem sido a bíblia
oficial dos americanos e ingleses. É um excelente texto muito usado em
pesquisas e comparações. É também conhecida com o nome de “TEXTO ANGLO
AMERICANO”.
2 – A BÍBLIA EM ALEMÃO
A versão pioneira do Velho
Testamento na Alemanha foi a tradução de Lutero, efetuada em refúgio no castelo
de WARTBURG, Saxônia (1521 – 1522).
O Velho Testamento ficou
pronto em 1534. até 1580, 72 edições do Novo Testamento e 38 do Velho, já
tinham sido postas em circulação na Alemanha. Esta versão recebeu violenta
crítica do Vaticano. Um oficial da igreja romana se referiu a Lutero como: “O
IMPENITENTE HEREJE, MUTILADOR DO TEXTO SAGRADO DE MANEIRA TEMERÁRIA”.
O detalhe que mais
indignou o clero romano foi a tradução de Rm 3:28 que foi feita por Lutero:
“CONCLUIMOS QUE HOMEM É JUSTIFICADO SÓ PELA FÉ SEM AS OBRAS DA LEI”. Entretanto
os próprios protestantes desaprovaram este “SÓ”
de Lutero, não como algo que mudasse desastrosamente o sentido do texto,
mas pelo fato de não constar do original.
Aliás eles não tinham
muita autoridade para condenarem a versão de Lutero somente por isto, porque a
versão católica de Rheims, publicada na França em 1686, traduz I Cor 3:15
assim: “Ele será salvo, todavia, como pelo fogo do purgatório.” E em I
TM 4:1, temos: “O Espírito diz expressamente que nos últimos dias alguns se
separarão da fé romana.”
A Versão de Lutero foi tão
importante que marcou a época na igreja. Linguagem e literatura do povo alemão.
3 – A BÍBLIA EM OUTRAS
LÍNGUAS.
Evidentemente na medida em
que a reforma ganhava terreno no mundo, dezenas de versões em outras línguas
foram desaparecendo, tais como; espanhol, holandês, francês, norueguês,
húngaro, polonês, russo e até em italiano.
Não nos ateremos na
análise destas versões , por considerarmos as versões já analisadas de muito
valor histórico, visto terem enfrentado o fogo terrível da oposição romana por
estarem , obviamente, em um contexto de pioneirismo.
Este trabalho permanece contínuo até
hoje, com as Sociedades Bíblicas se esforçando dia e noite para que cada povo
tenha a Bíblia em sua própria língua.
4
– A BÍBLIA EM
PORTUGUÊS
Algumas tentativas já tinham sido
feitas por D. João I ( 1433 ), Gonçalo Garcia de Santa Maria ( 1479 –
Jurisconsulto ) e D. Leonor ( 1525 ), no sentido de colocar na mão do povo
português, pelo menos a tradução dos evangelhos. Mas, a ditadura religiosa
romana sempre bloqueou tal iniciativa.
Em 1628
porem, nascia em Lisboa, filho de pais católicos, um robusto menino que recebeu
o nome de João Ferreira de Almeida; Ainda jovem, em visita a Holanda,
converteu-se a igreja reformada através da leitura de um folheto em espanhol
que lhe causou profunda impressão. Logo depois foi à Bátavia ( Djacarta ) onde
entregou-se ao ministério religioso ( Ministro calvinista ) pregando e
escrevendo em várias línguas. Foi durante este período que surgiu por sua
instrumentalidade a famosa “ VERSÃO
DE ALMEIDA “. o Novo
Testamento completo foi publicado em 1681, e o velho, estacionado em ez.48:21 e
complementado por JACOBUS DEN AKKER saiu em 1748. Somente em 1819 foram
publicados o Velho Testamento e o Novo em apenas um volume.
Desde
então, incontáveis edições de Almeida foram postas em circulação, atendendo
sempre as mudanças naturais que ocorrem numa língua no decorrer do tempo.
Atualmente
temos a versão de Almeida sendo usada em larga escala como EDIÇÃO REVISTA E
ATUALIZADA NO BRASIL.
Apesar das
inúmeras modificações feitas, o texto
atual originou-se daquele extraordinário trabalho de um varão de Deus chamado –
JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA.
B-
VERSÃO DE FIGUEIREDO
Para fazer
frente á versão protestante, Roma incubiu o PADRE ANTÔNIO PEREIRA DE
FIGUEREDO, nascido em Thomar, perto
de Lisboa, em 1725, com a responsabilidade de preparar uma versão em língua
portuguesa, tendo como a Vulgata Latina e outros documentos originais.
Latinistas, historiador, teólogo e versado em línguas orientais, Figueredo
gastou 18 anos de sua vida nesta obra. Apesar disto, sua versão foi submetida a
duas revisões antes da publicação. O novo Testamento, como sempre, saiu
primeiro, editado em 1778, e Velho, ficou pronto e foi publicado em 1783. A
edição contendo os dois testamentos entrou em circulação em 1821. Esta versão
tornou-se o texto tradicional dos católicos, mormente porque trazia em sue bojo
os livros não canônicos chamados “
ABOCRIFOS “
C-
VERSÃO DE MATOS SOARES
Em 1932 o
Padre Matos Soares recebia do Vaticano uma carta pontifica apoiando e
endossando a publicação de sua obra,, que trazia como novidades de pequenos
comentários abonando a doutrina Romana, em parênteses e rodapés. foi totalmente
baseada na Vulgata Latina e tem –se dito que é a versão mais popular entre os
católicos.
D –
TRADUÇÃO BRASILEIRA
Em 1902 já
havia no Brasil um excelente movimento evangélico. Todavia as bíblias usadas
aqui, era versões feitas em português original arcaico ( Versão Almeida ). Por isso, a sociedades bíblicas (
Britânicas e Américana ) que funcionava no Brasil se reuniram e nomearam uma comissão para traduzir diretamente os
originais, uma nova versão em português atualizado e falado no Brasil. Essa
comissão ficou composta de três missionários de juntas estrangeiras operando no
Brasil e mais seis eruditos evangélicos da época que também eram pastores. Além destes,
aceitou-se a contribuição de vários pregadores leigos, bem como de eminentes
educadores brasileiros. A direção geral deste trabalho ficou a cargo do Dr.
H.C. Thucker. usando manuscrito melhores do que o de Almeida e lançando mão de
todas as técnicas modernas de investigação bíblicas, esta comissão iniciou seu
árduo trabalho. O Novo Testamento completo foi publicado em 1910. e a bíblia
inteira em 1917. Esta versão foi considerada magnifica por vários. Entretanto
deixou de ser publicada por questão de
preferência do povo que continuava agarrado á versão Almeida. Que ficou claro,
que a resistência á versão Brasileira se deu puramente por questões preconceituais ou psicologicas, jamais por problemas ligados ao
texto. Para que tenhamos idéias, em 1956, de cada 100 bíblias vendidas a versão
Almeida ganhava a preferencia em 92. isto é , apenas oito pessoas exigiam a
tradução brasileira. Apesar de há muitos não ser mais reeditada. Alguns volumes
ainda são encontrados em poder de estudiosos da escritura e em biblioteca de entidades
religiosas.
E – A
BIBLIA DE JERUSALEM
Originalmente
apareceu primeiro em francês e foi produto dos esforços do frade Dominicano
JOSEPH MARIE LAGRANGE, exegeta de renome internacional fundador da Escola
Bíblica de Jerusalém, que tem como objetivo investigar assuntos bíblicos.
Em 1973 a
obra era lançada pelas edições Paulinas em língua portuguesa com propaganda de
excelente versão. A comissão responsável pela tradução afirma que alem do texto
francês original, utilizou-se também dos melhores manuscritos existentes.
Apesar disto, muitos acreditam que a versão em português teria vindo apenas do
original francês.
Ela tem uma
linguagem bastante peculiar e seu maior destaque está na abundância de valiosas
notas de rodapé.
F
– BIBLIA
NA LINGUAGEM DE HOJE
– NT
Tudo
começou em 1964 quando o Dr. Roberto Bratcher, brasileiro nascido em Campos,
RJ, especialista em lingüística, especificamente em grego, recebeu convite da
Sociedade Bíblica Americana para fazer uma versão do NT em linguagem de hoje- (
Inglesa ).
havia um
descredito geral quanto ao empreendimento, visto que outras versões já haviam
fracassado diante das insuperáveis King James e American Standard Biblie.
Após mais
de três anos de labor intensivo, O Dr. Bratcher terminou sua obra que recebeu o
seguinte título:” GOOD NEWS FOR MODERN MAN “( Boas novas para o homem de hoje.
)
A primeira
tiragem constou de 150 mil exemplares no ano de 1967. Havia uma grande
expectativa com respeito a reação do povo em relação a obra pois a linguagem
era a mesma que os americanos usavam em suas casas e nas ruas. Mas aconteceu o
imprevisto: Esta primeira edição esgotou-se em dois meses. Outras se seguiram
imediatamente e naquele ano a tornou-se o Best- Seller. com a venda de
7.800.000 exemplares.
Em 1968,
manteve ainda p primeiro lugar em consumo com 7 milhões de exemplares
vendidos em 1969 com 5.500 milhões
continuava como Best Seller
Em 1972,
atingira a marca de 40 milhões de volumes vendidos e tornou-se o maior Best- Seller de todos os tempos no país,
superando “ Child Care “ em cerca de 20 milhões de volumes.
Quase que
simultaneamente houve versões em linguagem de
hoje para o Espanhol, francês, alemão, alcançando surpreendente o mesmo
sucesso.
Em 1973,
por ocasião do seu jubileu de prata, a Sociedade Bíblica do Brasil colocou
também nas mãos dos brasileiros uma edição
do Novo Testamento na linguagem de hoje. A tradução foi feita em quatro
anos por uma comissão eminentes protestantes chefiados pelo próprio
Dr.Bratcher. O texto grego adotado foi o famoso “ The Greek New Testament “,
considerado o melhor texto grego para tradução. 200 mil exemplares foram
publicados naquela época esgotando-se num
prazo de três meses.
Muitos
estudiosos enviaram a SBB sugestões e criticas, dando margem a rigorosa revisão
onde centenas de correções foram feitas no afã
de melhorar o texto da linguagem de hoje. Edições cada vez mais
aperfeiçoadas continuaram saindo e se esgotavam rapidamente, pois a linguagem
fácil promovia uma aceitação muito
grande do famoso livrinho, que continua bastante procurado até hoje.
As 200
ilustrações que aparecem na obra são da artista suíça ANNIE VALTON são
originarias das versões inglesas, entretanto, também estão sendo usado nas
versões em português.
CRITICA
Á LINGUAGEM DE HOJE
Como não
podia deixar de ser, a critica, tanto especializada como voluntária se ocupou
largamente desta obra, estabelecendo obviamente pontos negativos e positivos.
Ei-los:
A . 1 –
NEGATIVOS
*Recebeu
aprovação da CNBB em 15 de junho de 1973, recomendando-o a todo povo católico
de língua portuguesa.*Foi apelidado de ‘ VERSÃO ECUMÊNICA “ *Teria dado ao
ladrão e homicida o nome de Jesus Barrabás.
*Não passava de uma fraca paráfrase ( tradução livre que vai além do
texto) , cheia de gíria e distorções.
*Confunde
dom natural com dom espiritual.
A . 2 –
POSITIVOS
*Contém
apenas cerca de 2 mil palavras diferente, que é relativamente o vocábulo de
todo brasileiro de 1° grau. A tradução Revista e Atualizada contém 9 mil vocábulos.
*Na época
de Jesus haviam 2 gregos: o ´Clássico e o Koiné. Porque não temos essa mesma
mensagem em português ou Koiné?
*O
texto ficou visivelmente ao alcance de crianças.
*Há
explicações de palavras, tais como: “Fariseu”, “Sinérdio”, “Justificação”,
“Eleitos”, “Redenção” , “Batista”, etc.
*Há
valioso câmbio de pesos, medidas etc.
*Expressa
um verso de um modo ainda não percebido.
*As
frases são mais curtas e menos complexas.
*Prima
em registrar a linguagem falada e não a escrita.
NOSSO
PARECER
Não podemos
negar o fato de que existem versões melhores do que outras. Entretanto , não
existe uma que seja rigorosamente PERFEITA. Pessoalmente somos do parecer que
todo estudante da bíblia precisa ter em mãos todas as versões que puder
adquirir, em língua pátria ou em outra inclusive a discutida “LINGUAGEM DE HOJE”.
Cremos outrossim, que tal pessoa terá do próprio Espírito Santo uma iluminação
especial que lhe dará condições de harmonizar as possíveis arestas.
VI –
COMO A BÍBLIA CHEGOU AO BRASIL
Sem dúvida
este é um assunto difícil de ser explanado, mormente em termos de minúncias.
Todavia, daremos em ordem cronológica os principais eventos que culminaram com
a plena disseminação do Livro Sagrado em nossa pátria.
-
1500:
Descobrimento do Brasil sem a bíblia.
-
1557: Os huguenotes ( calvinistas franceses),
fugindo da perseguição romana chegam na Guanabara com bíblias e são trucidados
na ilha de Willegagon.
-
1807: D.
João VI, fugindo de Napoleão, chega ao Brasil trazendo em sua bagagem um dos
exemplares de Gutemberg. Esta bíblia não sai de sua biblioteca por nada. Este
exemplar continua no Brasil, na Biblioteca Nacional do Rio.
-
1822: O
Brasil se torna Império. As Sociedades Bíblicas Britânicas e Estrangeiras
enviam ao Brasil 2 mil bíblias e Novos Testamentos. São descarregados em
Pernambuco mas, o povo não tem acesso a elas, por não está na lista dos livros
autorizados pela coroa.
-
1837: Um
missionário metodista distribui bíblias nos maiores centros do Império. Seu
nome era Kidder,
-
1855: Chegam os primeiros missionários ao Brasil.
Robert Kalley e a esposa, desenvolveram grande esforço na divulgação da
Escritura.. Neste ano é fundada a primeira Igreja Evangélica Brasileira.
-
1856: É
fundado no Rio o primeiro depósito da Sociedade Britânica de Bíblia, fazendo
circular em dois anos, 12 mil volumes. O realizador desta obra foi o missionário
Richard Corfield.
-
1876: 20
anos depois aparece também no Rio a Sociedade Americana para distribuição de
bíblias.
-
1881: O
Imperador D. Pedro II recebe de um
pastor congregacional de nome J.M. Santos, uma bíblia com encadernação
especial. Este volume continua na biblioteca Nacional do Rio.
-
Observa-se
uma troca muito interessante de bíblias; em áreas rurais onde não ahvia muito
dinheiro, elas eram trocadas por bananas, peles de animais, papagaios, macacos,
porcos, tartarugas, borracha, melão, etc.
-
1940: A
procura pela bíblia tornou-se imensa. Os estoques da Sociedade Britânica
esgotaram. Não haviam recursos de reposição pois os ingleses estavam em guerra
com o Oriente. Por isso a Missão Batista
do Sul do Brasil, em sua assembléia de 2 de junho de 1940 ,votou a criação de uma entidade para
imprimir e distribuir a bíblia no Brasil. Surgindo assim a IMPRENS BÍBLICA
BRASILEIRA. Em 14 de julho de 1942 teve os estatutos aprovados e registrados.
Em 25 de junho de 1943 a primeira edição estava no prelo, saindo em 1944 para
as mãos do público. Temos então o início da impressão bíblica no Brasil.
-
1942: As
duas sociedades(Britânica e Americana) se fundem em reunião pública de culto,
com mais de 3 pessoas.
-
1948:
Depois de 4 séculos da chegada dos calvinista, é organizada a Sociedade Bíblica
do Brasil a 10 de junho na 1ª Igreja Batista do Rio de Janeiro. Seu primeiro
presidente foi César Dacoroso Filho.
-
1962:
desde essa data , a SBB vem ocupando o 2° lugar no mundo na distribuição de
bíblias.
-
1965: O Mal. Castelo Branco, presidente do Brasil.
Conferiu ao SBB o título de UTILIDADE PÚBLICA,pelo decreto lei 57.171.
-
1966: A
SBB foi registrada no Conselho Nacional de Serviço Social, sob o N°
27.499, pelo Ministério da Educação e
Cultura.
-
1971: De
1948 a 1971 foram distribuídas no Brasil 81.466.772 bíblias. Um gigantesco trabalho da SBB que só
a eternidade revelará o mérito.
-
1972: é
inaugurado o EDIFÍCIO DA BÍBLIA em Brasília, no dia 26 de julho. Ocasião em que
recebeu a visita do presidente Emílio G. Médici.
-
1973: Jubileu
de Prata da SBB (25 anos). Nestes 25 anos foram distribuídos cerca de 100
milhões de exemplares do Texto Sagrado.
-
1981: A
tarefa ainda não está cumprida. Enquanto houver gente nascendo bíblias e mais
bíblias terão de ser espalhadas pelo mundo, pois sem o extraordinário “MANUAL
DO FABRICANTE”, o homem desgraçadamente tateia na escuridão do “sombrio vale da
morte.”
VII – AS
SOCIEDADES BÍBLICAS
Não
poderíamos deixar de dar uma palavra em separado sobre estas importantes
entidades.
Antes da
reforma ( executando-se a aventura de Wycliff – 1380), o Texto Sagrado era de
propriedade exclusiva do clero romano. O povo em geral só tinha contato com a
bíblia de modo indireto. . isto é, nas leituras feitas em missas pelo padre.
Nenhum leigo tinha acesso direto ou podia possuir sua própria bíblia.
Após a
Reforma (1517), William Tyndalle (1520) e Lutero ( 1534), ousadamente colocaram
bíblias em inglês e alemão. Outros países abraçaram a Reforma fazendo-se
necessário versões naquelas línguas.
As versões
feitas individualmente, com ofertas voluntárias, jamais atendendo as
necessidades de cada país. . foi assim que surgiu a idéia da Sociedade Bíblica,
que com maiores recurso se incubiram em publicar o Texto em abundância, em
língua d própria pátria, como também em outras línguas de povos sem condição de
levarem a cabo uma versão ou impressão.
A SOCIEDADE
BÍBLICA BRITÃNICA, foi fundada primeiro em 1804, logo depois veio a SOCIEDADE
BÍBLICA AMERICANA, em 1916. Estas duas entidades abriram filiais nos quatro
cantos da Terra. Não medindo esforços pra colocarem a bíblia na mão de qualquer
povo. No Brasil, Britânica e Americana chegaram respectivamente em 1856 e 1876.
Se o grupo evangélico do país se tornava capaz de assumir a responsabilidade de
produção, estas entidades partiram para a disseminação bíblica em outra parte.
Roma Papal
ficou indignada com tal iniciativa. Vejamos o que alguns papas declararam sobre
as Sociedades Bíblicas:
-
PIO VII
( 1800-20)
“ São instrumentos do diabo que visam minar os
fundamentos da religião”
-
LEÃO XII
(1821-29)
“... pastagens venenosas, próprias para aniquilarem os
ignorantes.”
-
PIO VIII
(1829-30)
“ ... geradores de veneno que produz a morte”
-
PIO IX (
1846-78) ( Bula da infabilidade)
“ As Sociedades Bíblicas ,
que renovando o antigo hábito dos heréticos, não cessam de impingir suas
bíblias a todos os homens, mesmo aos incultos; livros que tem sido traduzidos
em contravenção às leis da igreja, e abrigando com frequência , lições falsas,
assim repudiando as tradições divinas, os ensinos dos padres e as autoridades
da igreja.”
-
LEÃO XIII (1876- 1903)
Colocou na lista de livros
proibidos as versões da sociedade Bíblica.
-
PIO X – ( 1903 – 14)
“ ... entidades
adulteradoras da Palavra de Deus.”
-
BENTO XV – ( 1914 –22)
Inclui no Direito Canônico
um parágrafo que dizia: “ proíbe-se a publicação do Texto Bíblico ou qualquer
versão em versículo, sem a permissão do “ Sumo Pontifície”, ... “Posteriormente
o cardeal Wiseman do Vaticano deixou bem claro o posicionamento daquele órgão
sobre a distribuição de bíblias. “Não distribuímos a Palavra de Deus
indiscriminadamente, porque o próprio Deus não fez assim. Ele não fez da
leitura parte essencial da constituição do homem, nem uma faculdade congênita,
nem uma cláusula da salvação, nem uma condição de cristianismo. A audição é que
Deus fez para tal.”
VIII- COMO LER E ESTUDAR A
BÍBLIA
Por incrível que pareça o
povo de Deus hodiernamente é quase que analfabeto de bíblia. Raríssimo são os
filhos de Deus que possuem um domínio razoável da Escritura. Muitos que se
gabam conhece-la, são doutores apenas da letra morta ( II Cor 3:6) nada sabem
do seu espírito. São os Nicodemus de hoje, ( Jo 3:10).
A famosa escola Dominical
, criada com o objetivo de dar conhecimento bíblico ao povo, deturpou-se e o
muito que tem feito é formar mentes denominacionais. Seus alunos na maioria,
passam a vida inteira circulando no rudimento da Escritura e bem poucos se
formam recebendo diploma de “Honra ao Mérito” por haver decorado o Sl 23 e Jo
3:16. Este não é o quadro que o Senhor deseja para os seus filhos em relação a
bíblia.
O salmista dizia: “Quanto
amo a tua lei!”. É A MINHA MEDITAÇÃO TODO O DIA (Sl 119-97). Rosallee M.
Appleby em seu livro: O Ensino da Palavra, declara: “Lêde-a com meditação para
serdes sábios , crede nela para serdes salvos, praticais seus ensinos para
serdes santos.”
Não é por acaso que um dos
dons dado a Igreja é o de Mestre. A finalidade deste elemento é saturar o povo
de Deus de bíblia.
Muitas igrejas compram
centenas de bíblias e distribuem com seus membros e com incrédulos. Os pais
crentes colocam bonitas bíblias nas mãos de seus filhos. As Sociedades Bíblicas
despejam milhares delas pelo mundo afora. Todavia, enquanto o povo não se
preocupa em estuda-la , satanás se mantém perfeitamente tranqüilo.
É por isso que nos
preocupamos em deixar com os irmãos neste final de curso, algumas sugestões que
poderão ajuda-los na leitura e no estudo da palavra de Deus. Ei-las:
1)
APROXIMAR DELA CRENDO QUE É A INFALÍVEL PALAVRA DE DEUS.
A própria escritura diz: “
Outra razão ainda temos nós para incessantemente dar graças a Deus: É que tendo
vós recebido a palavra que de nós ouviste, QUE É DE DEUS, a colhestes NAÕ COMO
PALAVRAS DE HOMENS , e sim como em verdade é a PALAVRA DE DEUS, a qual com
efeito, está operando efizcamente em vós os que crestes”( I Tess 2:13).
Se alguém se aproxima dela
com dúvidas quanto a isso, está dando o
primeiro passo na análise do texto Sagrado de modo tremendamente infeliz.
Satanás vai lhe dizer que você não pode fazer isso porque muitas coisas que estão
ali você não entende. O fato de não entender tudo não deve diminuir a sua fé
seu respeito pelo Santo Livro. Além do mais durante este curso observamos
tantas provas que nada temos a duvidar sobre a divina origem da bíblia. Se você
de início mostra essa fé na Escritura, o temor do Senhor lhe está diante e ele
é o “PRINCÍPIO DA SABEDORIA”
2)
APROXIMAR-SE DELA COM ESPÍRITO DESPRECONCEITUADO
A maioria dos estudantes
da bíblia, principalmente deste século,
analisa a escritura , simplesmente com o mesquinho espírito de defender seu
grupo a princípios doutrinários. Tentam vergonhosamente adaptar o Texto Sagrado
às suas idéias. Outros estudam-na com intuito de usa-la contra terceiros,
jamais em suas próprias vidas. Para esses “estudantes” a bíblia permanece sempre
fechada.
Alguém já disse: “ Não
faça de sua bíblia uma arma , a vítima pode ser você.”
3)
TER EM EMNTE QUE NÃO É UM MANUAL DE CONSELHOS
Há uma fundamental
diferença entre conselho e mandamento. Os cristão em geral tem lido a bíblia
como um manual de conselhos. É UM GRANDE LIVRO DE MANDAMENTOS. Alguém já
anotou mais de mil mandamentos apenas no Nt.
Se uma pessoa rebelde de
coração , não esta disposta a obedecer , não tirará grande proveito do estudo
bíblico.
4)
ORAR PEDINDO ILUMINAÇÃO AO SENHOR.
Uma vez ouvi um pregador
dizer: “Neste livro sou doutor”. Creio que não foi uma declaração feliz. O
único doutor na Escritura é o próprio Espírito santo, foi Ele que a inspirou.
Somente Ele conhece plenamente todos os propósitos de Deus.
Antes pois de ler ou
estudar a bíblia, ore a Deus para que Ele ilumine você através do Espírito
Santo nos seus profundos mistérios.
5) TER EM MÃOS SUBSÍDIOS
IMPORTANTES
São aqueles elementos
secundários que com o apoio dos primários muito lhe ajudarão no entendimento da
Escritura. Vejamos alguns:
A – Ter em mãos a melhor
versão possível;
B – Usar bem mais de uma
versão no estudo. Inclusive estrangeira se conhecer alguma outra língua;
C – Consultar princípio
fundamentais de interpretação bíblica num compêndio de Hermenêutica;
D – Contar com uma boa
“Chave Bíblica”;
E – Com um bom dicionário
da bíblia;
F – Um comentário da
bíblia não pode ser esquecido;
G – Consultar outros
livros sobre o assunto;
H – Tenha ao lado um
excelente dicionário da língua pátria;
I – Arme-se com canetas
azul e vermelha para anotações em
caderno ou diretamente no texto.
OBSERVAÇÃO; Quanto ao
material extra bíblico a ser consultado , a própria bíblia dá critério de
comparação: “Examinai tudo. Retende o bem.” ( I Ts 5:21).
Tendo observado os
detalhes preliminares, o irmão já pode começar o estudo da bíblia. Deixamos
como sugestão àquele que pretende estudar a bíblia, estes tr~es passos que nos
parecem lógicos e que evita a complexidade apresentada por muitos autores nesta
área. Vejamo-las:
A – Dar uma leitura em
toda a bíblia de modo corrente. - Em
caso de impossibilidade , a opção prioritária de leitura deve ser do Novo
Testamento.
B – Proceder um estudo
sistemático em cada livro. – Antes do estudo fazer uma leitura corrente do
livro a ser estudado. Quanto a opção prioritária de estudo, ainda deve ser dos
livros do Novo Testamento. Estude pela ordem a partir de um dos evangelhos.
Isto é, não estude Efésios antes de Romanos.
C – Proceder estudos em
toda a bíblia sobre estudos fundamentais. – Tais como:
•Deus; Fé; Anjos;
Arrependimento; Homem; Regeneração; Pecado; Justificação; Salvação; Adoção;
Santificação; Glorificação; Igreja; Ministérios; Juízo Final; Céu; Inferno.
Temos certeza de que se o irmão
abranger esses três aspectos, como todo o zelo que eles requerem , receberá do
Espírito santo um excelente visual de todo panorama bíblico, e principalmente
terá conhecimento do magestroso propósito de Deus para o homem e o belíssimo
universo que ele criou.
IX – CONCLUSÃO
Aqui terminamos o nosso curso.
Evidentemente não esgotamos o assunto nem
foi o nosso objetivo fazê-lo, visto tratar-se de uma matéria de
enciclopédia proporção. De uma coisa porém queremos que vocês alunos absoluta
certeza. Colocamos o nosso coração nesse trabalho. Ele foi produzido com muito
amor por algumas fundamentais razões que desejamos destacar:
-
Era, e é a ocupação que temos grande prazer em
desempenhar;
-
O temor
do Senhor esteve sempre diante de nós no decorrer deste trabalho;
-
Estávamos
colaborando diretamente com a formação de futuros obreiros para a Grande Seara do Eterno;
-
Agradecendo
a Deus por essa grande oportunidade que nos deu para serví-lo nesta tarefa,
rogamos que ela possa ser útil em sua monumental obra, e, evidentemente que
ninguém se esqueça disso:Toda Honra, Mérito, Dignidade e Glória pertencem
Aquele que é a origem e manutenção de todas as coisas – O PAI ETERNO.
OLIVEIRA, Aguiar Porto de, Apostila de
Introdução a Bíblia. Belo Horizonte,16 de março de 1982.
SEMINÁRIO
TEOLÓGICO EVANGÉLICO LOGOS - STEL
CURSO: BÁSICO
E MÉDIO EM TEOLOGIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À BÍBLIA
Curso de Bibliologia Parte 1 - Ciência que Estuda a Bíblia - I Unidade - AULA EM VÍDEO
Curso de Bibliologia - Parte 2 - Finalizando a I Unidade - Aula em Vídeo
Curso de Bibliologia - Parte 2 - Finalizando a I Unidade
Curso de Bibliologia - Parte 3 - Texto - II Unidade
Curso de Bibliologia - Parte 4 - III Unidade - Texto
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