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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Curso de Bibliologia - Parte 3 - II Unidade


 SEGUNDA UNIDADE


I– TRÊS ASPECTOS BÍBLICOS

II – A GRANDE DIVISÃO

III- MATERIAL DE ESCRITA DO VELHO TESTAMENTO

IV – MATERIAL DE ESCRITA DO NOVO TESTAMENTO

V – TINTA E INSTRUMENTOS DE ESCREVER

VI – ESTATÍSTICA BÍBLICA

VIII- A FALA DE DEUS É SUA REVELAÇÃO

IX – O MÉTODO DA REVELAÇÃO

X – DIFERENÇAS TEOLÓGICAS

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I– TRÊS ASPECTOS BÍBLICOS

 

1-    UM LIVRO APENAS


Embora já tenhamos falado em vários escritores e nos 66 livros que compõem a Bíblia, ela é na verdade apenas UM LIVRO. Podemos dizer 66 grandes capítulos, de um único grande livro.

 

2 – UM ASSUNTO APENAS

 

Só há um único e grande assunto deste livro é a REDENÇÃO. Esse assunto já começa em Gn 2:04. quando aparece pela primeira vez um dos nomes de Deus, conhecido como YAVÉ. Este nome está diretamente ligado a redenção do homem. De suas raízes gramaticais provém também os nomes : Josué no VT e Jesus no NT. Jesus (grego): Salvador – Cristo : Ungido.

O assunto REDENÇÂO é exaustivamente discutido em todos os 66 livros de modo figurado no VT e diretamente no NV, até a gloriosa conclusão do último livro.: Apocalipse.

 

3 – UM AUTOR APENAS

 

Mesmo tendo vários escritores a Bíblia tem um só Autor. E isso só foi possível mediante o processo da Inspiração (II Tm 3:16), assunto que estudaremos mais adiante.

Seu Autor, como ela mesma apresenta é o Espírito Santo – (II Tm 3:16, II Pe 1:21, II Sm 23:02, At 1:16, 28, 25 etc.

 

II – A GRANDE DIVISÃO

 

A bíblia está divida em duas grandes partes:

1.    Novo Testamento

2.    Velho Testamento.

 

Estes nomes têm sido usados desde o segundo século A/D. Sendo que os judeus têm conhecimento apenas do VT, enquanto os cristãos reconhecem tanto um como o outro.

Aliás, é bom termos em mente que a bíblia são dois Testamentos juntos. Eles são inseparáveis, um completa o outro.

A palavra “Testamento”, encontrada na bíblia ( II Cor 3:6 e Hb 9:15,17) não tem a mesma conotação que conhecemos em português. Isto é o desejo ou vontade última de alguém que está preste a morrer. Ela deve ser interpretada  à luz de: Jr 31:31-34, Hb:7;22, 8:6, 10:16, etc.

O termo hebraico e grego para expressar “Testamento”, nos dão nítida idéia do significado que ela tem na bíblia. No VT a palavra é “BERITHE” e seu equivalente no NT é “DIATHKKE”, e ambos significam literalmente PACTO ou CONCERTO entre Deus e o homem. Não nenhum mal em usarmos a palavra Testamento desde de que observemos o sentido que ela tem na ESCRITURA.

 

A – OS LIVROS DO VELHO TESTAMENTO

 

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

A Credibilidade da Bíblia

 


INTRODUÇÃO


CÂNON 

 

1. O significado da palavra cânon

1a. Cânon - Datas e períodos

1b. Cânon - Sua inspiração 

1c. Cânon - Sua descoberta

1d. Princípios que formaram o cânon (em sumo) 

1e. Os princípios da descoberta da canonicidade  

1.f Teste para a inclusão de um livro do cânon

 

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO 

 

1. Data do conhecimento e fixação do cânon do Novo Testamento

1a. A necessidade da mensagem escrita do Novo Testamento

1b. Um livro no cânon do Novo Testamento

1c. Os livros canônicos do Novo Testamento 

1.d Os apócrifos do Novo Testamento 32200-205

1e. Os livros apócrifos foram ou nâo inspirado?

1f. Alusões implícitos aos apócrifos

 

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO

SEU DESENVOLVIMENTO

 

A CREDIBILIDADE DA BÍBLIA   

A FIDEDIGNIDADE E CONFIABILIDADE DAS ESCRITURAS

 

1.A confirmação do texto hitórico

1a. O teste bibliografico da credibilidade do Novo Testamento 

1b. Evidêcias dos manuscritos acerca do Novo Testamento

1c.O Novo Testamento em comparação com outras obras da antiguidade

1d. Cronologia de importantes manuscritos do Novo Testamento 

1f. A credibilidade dos manuscritos apoiada por vàrias traduções 

1g. A credibilidade dos manuscritos apoiada pelos primeiros pais da igreja

 

CITAÇÕES PATRÍSTICAS DO NOVO TESTAMENTO   

 

INTRODUÇÃO

 

      Do estudar-mos sobre o cânon, veremos neste trabalho o seu significado, sua importância, qual o seu valor para nós os crentes. Como foi aceito pelas igrejas, como se desenvolveu, qual é a época em que envolve o cânon, qual é o papel dos lideres nisso tudo, e etc... Veremos também todo o ministério que envolveu o livro de Apocalipse a respeito de sua canonicidade. E os livros apócrifos ou os falsos livros da Bíblia? Será mesmo a Bíblia dos crentes, que contêm os livros que falam a verdade? Enfim.

 

CÂNON

 

INTRODUÇÃO  

 

1. O SIGNIFICADO DA PALAVRA CÂNON

 

      A palavra cânon tem raiz na palavra "cana", "junco" (do hebraico geneh, através do grego kanon ). O "junco" era usado como uma vara para medir e avaliar ..." mais tarde teve o sentido de "lista" ou "rol".15/95 

      Aplicada às Escrituras, a palavra cânon significa "uma lista de livros oficialmente aceitos". 23/31

      Deve-se ter em mente que a igreja não criou o cânon nem os livros que estão incluídos naquilo  que chamamos de Escrituras. Ao contrário, a igreja reconheceu os livros que foram inspirados desde o princípio. Foram inspirados por Deus ao serem escritos. 

      E a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus (Gl 6:6). Nos porém, não nos gloriaremos sem medida, mas respeitamos o limite da esfera de ação que Deus nos desmarcou e que se estende até vós (2Co 10:3).

      "Não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios, e tendo esperança, de que, crescendo a vossa fé, seremos engrandecidos entre vós, dentro da nossa esfera de ação (2Co 10:15).   

      A Bíblia, como o cânon sagrado, é a nossa norma ou regra de fé e prática. Diz-se dos livros da Bíblia que são canônicos para diferenciá-los dos apócrifos. O emprego do termo cânon foi primeiramente aplicados aos livros da Bíblia por origines (185-254 d.C).

 

1a. CÂNON - DATAS E PERÍODOS  

 

     O Novo Testamento foi completado em menos de 100 anos, pois seu último livro, o apocalipse, foi escrito cerca de 96 D.C. Isto é, dá um total de 1.142 anos para a formação de ambos os Testamentos (1046+96). (Leve em conta Que a cronologia Bíblica é sempre aproximada, pois os povos orientais não tinham um sistema fixo de computação de datas.

      Quando se fala do espaço total de tempo, que vai da escrita do pentateuco ao apocalipse, é preciso intercalar os 400 anos do período interbíblico ocorrido entre os Testamentos, o que dará um total de 1542 anos (1046+96+400). Por isso se diz que a Bíblia foi escrita no espaço de 46 séculos. Este é o período no Qual o cânon foi completado.

 

1b. CÂNON - SUA INSPIRAÇÃO

 

      A canonicidade é determinada pela inspiração. Os livros da Bíblia não são para Deus oriundos, isto porque eles tem valor, provieram de Deus. A processo mediante o qual Deus nos concede sua revelação chama-se inspiração. È a inspiração de Deus num livro que determina sua canonicidade. Deus dá autoridade divina a um livro, e os homens de Deus o atacam. Deus revela, e o seu povo conhece o que o Senhor revelou. A canonicidade é dada por Deus e descoberta pelos homens. A Bíblia constitui o "cânon", pelo qual tudo mais deve ser medido e avaliado pelo fato de Ter autoridade concedida por Deus. Sejam quais foram as medidas (os cânones ) usados pela igreja para descobrir com exatidão que livros possuem essa autoridade canônica ou normativa, não se deve dizer que determinam a canonicidade dos livros. Dizer que o povo de Deus, mediante quaisquer regras de conhecimento, "determina" que livros são autorizados por regra de conhecimentos. 56 Deus pode conceder absoluta. 

      Só a inspiração divina determina a autoridade de um livro, se ele é canônico, de natureza normativa.  

 

1c. CÂNON - SUA DESCOBERTA

 

      O povo de Deus tem desempenhado um papel de grande importância no processo de canonização. A comunidade dos crentes arca com a tarefa de chegar a uma conclusão sobre quais livros são realmente de Deus. A fim de cumprir esse papel, a igreja deve procurar cartas características próprias da autoridade divina. Como poderia alguém reconhecer um livro inspirado só por vê-lo? Dai vários critérios estavam em jogo nesse processo de reconhecimento. Ao qual são eles:

 

1.d OS PRINCÍPIOS DA DESCOBERTA DA CANONICIDADE:

 

      Sempre existiu falsos livros e falsas mensagens. E por representarem ameaça constante, surgiu-se a necessidade de que o povo de Deus tivesse mais cuidado com a coleção de livros sagrados guardados consigo, pois poderiam haver alguns erros. A partir daí a igreja passou a questionar esses livros sagrados mediante cinco critérios; ao qual são eles:

a)O livro é autorizado - Veio de Deus;

b)É profético - Foi escrito por um servo de Deus;

c)É digno de confiança - Fala a verdade a cerca de Deus;

d)É Dinâmico - Possui o poder que transforma vidas;

e)É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originalmente escrito.   

 

1. VEJAMOS  AGORA CADA UM DESSES CRITÉRIOS SEPARADAMENTE:

 

      A autoridade de um livro - Cada livro da Bíblia traz uma reivindicação de autoridade divina. A expressão "Assim diz o Senhor" está presente na Bíblia com freqüência. Sempre existe uma declaração divina. Se faltasse a um livro a Autoridade de Deus, esse era considerado não canônico , não sendo incluído no cânon sagrado. 

      Os livros dos profetas eram facilmente reconhecidos como canônicos por esse princípio de autoridade. A expressão repetida "e o Senhor me disse" ou " "a palavra do Senhor veio a mim" è evidência abundante de sua autoridade divina. Alguns livros não tinham reivindicação de origem divina, pelo qual foram rejeitados e tidos como não canônicos. Talvez tenha sido o caso do livro dos justos e do livro da guerra do Senhor. Outros livros foram questionados e desafiados quanto a sua autoridade divina, mas por fim foram aceitos no cânon, como o livro de Ester.

      Na verdade, o simples fato  de alguns livros canônicos serem questionados quanto a sua legitimidade é uma segurança de que os crentes usavam seu discernimento. Se os crentes não estivessem convencidos da autoridade divina de um livro, este era rejeitado.

 

2. A AUTORIA PROFÉTICA DE UM LIVRO 

 

      Os livros proféticos só foram produzidos pela atuação do Espírito, que moveu alguns homens conhecidos como profetas. (2Pe. 1:10-21). A palavra de Deus só foi entregue a seu povo mediante os profetas de Deus. Todos os autores bíblicos tinham um Dom profético, ou uma função profética, ainda que tal pessoa não fosse profeta por ocupação. (Hb. 1:1).   

      Paulo exorta o povo de Deus em Gálata, dizendo que suas cartas deveriam ser aceitas porque ele era apóstolo de Paulo. Isto porque todos os livros que não proviam por profetas nomeados por Deus, deveriam ser rejeitados. Os crentes não deviam aceitar livros de alguém que falsamente afirmasse ser apóstolo de Cristo (2Ts. 2:2). Note que a Segunda carta de Pedro foi objetada por alguns da igreja primitiva. Por isso enquanto os pais da igreja não ficaram convencidos de que essa não havia sido forjada, mas de fato viera da mão do apóstolo Pedro, como seu versículo o menciona, ela não recebeu lugar permanente no cânon cristão.   

 

3. A CONFIABILIDADE DE UM LIVRO

 

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Curso de Bibliologia - Parte 5 - IV Unidade - Texto




I – VERSÕES DA BÍBLIA

 

1 – RAZÃO PARA AS VERSÕES

 

As versões contendo o Velho Testamento e o Novo, são bem mais numerosos do que as que contém somente o Velho Testamento. Isto porque não havia nenhuma razão para o judeu sectário, publicar o seu livro sagrado nos 4 cantos da Terra. E nenhuma civilização da época, estava realmente interessada nisso, devido a grande antipatia que tinham por este povo. Porém com a mensagem universal do evangelho de Cristo, e posteriormente com o aparecimento da igreja na Síria, Ásia Menor, Egito, Etiópia, Norte da África, Macedônia, Grécia, Itália e muito além , as novas igrejas precisavam de traduções das Escrituras em suas próprias línguas . daí surgir o importante trabalho de tradução da palavra de Deus, trabalho este tem continuado até o presente.

 

2 – FIDELIDADE NA CÓPIA

 

Alguns detalhes nas próprias cópias nos dão provas da fidelidade copista mostrada na hora de reproduzir o texto.

Encontramos no MSS algumas palavras que trazem sobre si estranhos sinais que os críticos não conseguem decifrar. A única explicação lógica é que foram originados de um movimento acidental da pena de um determinado copista, que outro ao tornar a reproduzir repetiu fielmente o que ali estava.

Outras vezes encontramos em um MS uma letra maior do que as que estão sendo usadas. Fato curioso é que quando os técnicos comparam com outros MSS notam que os copistas reproduziu aquela letra rigorosamente do tamanho da original.

Até a separação existente entre as apalavras era observada.

Quando um copista cometia um erro muito grave, que poderia dificultar o entendimento do texto , ele anulava aquele MS e começava tudo de novo.

O temor e a fidelidade desses homens chegava a tal ponto, que ao escreverem o nome inefável  YAVÈ, mudavam de pena e se inclinavam até ao pó. Tudo isso nos enche de espanto e são dignos de nossa admiração e gratidão, pelo cuidado com que realizavam a obra de preservação do texto sagrado.

 

3-CÓPIAS

 

domingo, 3 de outubro de 2021

Curso de Bibliologia - Parte 4 - III Unidade - Texto



TERCEIRA UNIDADE

 

I – TEXTO  E CRÍTICA

 

1 – O Texto

 

Este vocábulo provém do latim “TEXTO” e significa literalmente “TECIDO” – Ele entrou na linguagem literária com seguinte sentido: São todas as palavras de um livro ou documento, bem como citações de parágrafo. 

A idéia é que o assunto abordado pelo autor, está entrelaçado( tecido), do princípio ao fim , e todas as partes devem ser vistas como dependentes formando um todo. Está idéia é perfeitamente válida para a Escritura.

A bíblia já teve um texto original, entretanto, até onde se sabe, não mais existe, por isso, quando alguém hoje diz: “ No original está assim.”, não está sendo muito correto. Na verdade, o que temos são cópias de texto no original.

A cópia manuscrita que existe agora, varia muito, contendo várias notas explicativas, produto do número interminável de cópias que foram feitas do mesmo texto original.

É trabalho de CRÍTICA TEXTUAL reconstruir um texto satisfatório, que mais se aproxime da idéia do original.

A Crítica Textual pois, busca determinar o sentido exato e correto das Escrituras como existiu no documento verdadeiro, eliminando erros, interpolações e variações, que foram introduzidos durante o longo processo de cópias do manuscrito original.

A Crítica Textual é chamada também de BAIXA

O vocábulo provém do grego – “KRINO” e significa “JULGAR”. É o processo de julgar,  provar, testar uma obra, seja ela religiosa, filosófica ou histórica. O resultado é : ESTABELECIMENTO, MODIFICAÇÃO ou REJEIÇÃO.

A Crítica Bíblica pois é, a ciência que busca através de uma inquirição criteriosa e detalhada, assegurar as palavras e o sentido exato do manuscrito original, por meio de evidências externas, históricas e tradicionais.

A Crítica Bíblica tem dois ramos:

 

A – HISTÓRICA

Busca determinar a data, autora, composição, fontes, caráter, valor histórico, canocidade, genuinidade, autencidade, etc.

É também chamada de Alta Crítica.

 

B – TEXTUAL 

Estas duas críticas, em si mesmas são legítimas e boas, todavia, atualmente, as duas se fundiram numa só, ficando conhecida apenas como ALTO CRITICISMO, em tem se ocupado de um demoníaco criticismo destrutivo.

Isto tem sido feito pela influência de um grupo de modernos teólogos liberais, que ao poucos vão negando tudo aquilo que é básico na palavra de Deus. Chamamos esta crítica de destrutiva porque sua função é apenas descobrir erros na Escritura e nada mais. Enquanto a outra (construtiva), examina o mesmo texto de um certo padrão ou critério e com vistas a preservá-lo de erros.

 

1.1 INSPIRAÇÃO