I – TEXTO E CRÍTICA
1
– O Texto
Este
vocábulo provém do latim “TEXTO” e significa literalmente “TECIDO” – Ele entrou
na linguagem literária com seguinte sentido: São todas as palavras de um livro
ou documento, bem como citações de parágrafo.
A
idéia é que o assunto abordado pelo autor, está entrelaçado( tecido), do
princípio ao fim , e todas as partes devem ser vistas como dependentes formando
um todo. Está idéia é perfeitamente válida para a Escritura.
A
bíblia já teve um texto original, entretanto, até onde se sabe, não mais
existe, por isso, quando alguém hoje diz: “ No original está assim.”, não está
sendo muito correto. Na verdade, o que temos são cópias de texto no original.
A
cópia manuscrita que existe agora, varia muito, contendo várias notas
explicativas, produto do número interminável de cópias que foram feitas do
mesmo texto original.
É
trabalho de CRÍTICA TEXTUAL reconstruir um texto satisfatório, que mais se
aproxime da idéia do original.
A
Crítica Textual pois, busca determinar o sentido exato e correto das Escrituras
como existiu no documento verdadeiro, eliminando erros, interpolações e
variações, que foram introduzidos durante o longo processo de cópias do
manuscrito original.
A Crítica Textual é chamada também de BAIXA
O
vocábulo provém do grego – “KRINO” e significa “JULGAR”. É o processo de
julgar, provar, testar uma obra, seja
ela religiosa, filosófica ou histórica. O resultado é : ESTABELECIMENTO,
MODIFICAÇÃO ou REJEIÇÃO.
A
Crítica Bíblica pois é, a ciência que busca através de uma inquirição
criteriosa e detalhada, assegurar as palavras e o sentido exato do manuscrito
original, por meio de evidências externas, históricas e tradicionais.
A
Crítica Bíblica tem dois ramos:
A –
HISTÓRICA
Busca
determinar a data, autora, composição, fontes, caráter, valor histórico,
canocidade, genuinidade, autencidade, etc.
É
também chamada de Alta Crítica.
B –
TEXTUAL
Estas
duas críticas, em si mesmas são legítimas e boas, todavia, atualmente, as duas
se fundiram numa só, ficando conhecida apenas como ALTO CRITICISMO, em tem se
ocupado de um demoníaco criticismo destrutivo.
Isto
tem sido feito pela influência de um grupo de modernos teólogos liberais, que
ao poucos vão negando tudo aquilo que é básico na palavra de Deus. Chamamos
esta crítica de destrutiva porque sua função é apenas descobrir erros na
Escritura e nada mais. Enquanto a outra (construtiva), examina o mesmo texto de
um certo padrão ou critério e com vistas a preservá-lo de erros.
1.1 – INSPIRAÇÃO
1 -
Etmologia
Inspiração
provém de dois vocábulos latinos – “IN”
“SPIROS” - e significa literalmente: “SOPRAR EM” ou
“SOPRAR DENTRO”.
Com
este sentido ela aparece duas vezes na Escritura: Jó 32:08 e IITm 3:16. no
contexto de Jó ele tem mais sentido de “SOPRO”, e a idéia é que este sopro
capacita o espírito do homem a raciocinar. E em IITm 3:16, ele está exatamente
em sua idéia teológica plena, quanto a produção da bíblia. É exatamente com a
idéia de II Tm 3:16, que ele será analisado a seguir.
Em
hebraico, esta mesma palavra é “NISHAMAH”- e ocorre 25 vezes no VT, sendo
traduzido por vários termos em português, tais como: “SOPRO”, “SOPRO DE DEUS”,
“INSPIRAÇÃO”, etc.
Na
língua grega, seu equivalente é “THEOPNEUSTOS” – traduzido em português:
DIVINAMENTE INSPIRADA..
Ela
se compõe de dois vocábulos “THEOS” e “PNEUSTOS” – que significa pela ordem
DEUS e SOPRADO.
É
desta raiz que vem a palavra “PNEUMA” –
Espírito.
THEUPNEUSTOS pois significa Soprado por Deus ou
mais claramente, DADO POR DEUS ATRAVÉS DO ESPÍRITO.
A
palavra PNEU ocorre sete vezes no
VT, dependendo do contexto pode também significar : VENTO DO ESPÍRITO ,
etc. Jo 3:08, Mt 7:25,27; Jo 6:18 e Lc 12:55; At. 27:40; Ap
7:01.
Concluimos
esta parte dizendo que: A palavra THEOPNEUSTOS implica em uma influência da
qual advém poderes sobrenaturais para produzir alguma coisa, e essa coisa, nada
mais é que a palavra de Deus.
Quando
Deus soprou “EM” (escritor sacro), a palavra escrita resultante se tornou viva,
ESPÍRITO e VIDA , Jo 6:63 e Hb 4:12.
2 –
Aplicada à Bíblia
Quanto
a INSPIRAÇÃO é aplicada a Escritura, entendemos que foi o SOPRO DE DEUS NO
HOMEM, qualificando-o a receber a verdade divina. Ou ainda, UNÇÃO DE DEUS
QUE CAPACITOU O HOMEM PARA PRODUZIR A BÍBLIA. Inspiração pois e Deus
falando pelo Espírito Santo através do homem, ao homem. É justamente por causa
desse processo, que podemos afirmar a INFABILIDADE da bíblia. Ela
própria dá testemunho que isso é verdadeiro: II Sm 23:02; II Tm 3:16; II Pe
1:21.
3 – Diferença
entre: Revelação, Inspiração e Iluminação
REVELAÇÃO: São todos os desígnos de Deus comunicados ao
homem- Dt 29:29.
INSPIRAÇÃO:
Método sobrenatural usado por Deus para comunicar esses desígnos ao homem – II
Tm 3:16.
ILUMINAÇÃO:
Operação do Espírito que consiste em CLAREAR á mente humana a verdade revelada
– Hb 6:04 – 10:32.
A
revelação é de Deus e já foi em sua plenitude dada ao homem. Não há nem será
dada outra revelação, quanto ao propósito de Deus para o homem.A inspiração
aplica à bíblia, tangiu tão somente os escritores da palavra. Por outro lado, a
iluminação é uma dádiva concedida a todos os cristãos indistintamente.
4 –
“Outras palavras” na Bíblia
Depois
de exposto acima, nós afirmamos que a Bíblia É A PALAVRA DE DEUS . Todavia
, a Teologia moderna opina que Ela CONTÉM A PALAVRA DE DEUS, pelo fato
de encontrar-se ali, declarações de origem não divina, isto é, a palavra de
Nabucodonosor, Senaqueribe, Pilatos e do próprio satanás. Este sofisma do diabo
desaparece quando analisamos o assunto prisma: Uma declaração, é uma palavra
dita por alguém. Independentemente da inspiração. Até si está absolutamente
certo. Todavia quando o escritor sacro é levado a registrar essa declaração,
automaticamente envolve a sua inspiração. Não no sentido de que a bíblia a aprova,
mas no sentido de que ela a apresenta tendo em vista a nossa instrução, Rm
15:04. Nesse sentido, toda Escritura é
divinamente inspirada.
Que
Deus nos dê sempre abundante graça para crermos em toda a Escritura.
5 –
Fatos Inerentes à Inspiração
É
óbvio que a bíblia não é um volume que se preocupa com a ciência. Ela não foi
escrita com esse propósito.
Desde
que teve seu Cânon completado. Ela é apresentada como infalível livro de Deus.
Dono exclusivo da verdade.
Mesmo
monopolizada pela igreja católica,conservou
esse conceito,de modo que por um período muito longo,a verdadeira ciência foi
mantida afastado dos caminhos do homens,por que a igreja argumentava que o
homem não precisa saber álem do que dizia a escritura.Seu objetivo não era
honrar a palavra de Deus,mas preservar os homens na INGNORÂCIA e usa-los para
seus fins mundanos e diabólicos.
FOI
assim que homens de ciência tais como:Nicolau Copérnico e Galileu Galilei,se
viram obrigado pela igreja Romana a negar leis científicas verdadeiras em nome
da religião.Surgindo assim, desde então,um aparente choque entre a bíblia e a
ciência,que perdura até hoje.
Queremos
dizer entretanto,que a verdadeira ciência não contradiz a bíblia,pelo
contrário,comprova sua (verdade)veracidade.
Embora
não seja um livro científico,por ser inspirada,a bíblia nos da notáveis
lampejos científicos,muito antes que eles fossem observados e estabelecidos.Eis
alguns exemplos:
A-
ORIGEM
DE CRIAÇAO DAS COISAS
Céu,água,terra,vegetação,irracionais e
o homem.Esta ordem científica está rigorosamente paralela com a narração em
Gênesis.
B-
UMA
LUZ INDEPENDENTE DA DO SOL
Deus
disse: “Haja Luz”,no primeiro dia. Todavia, o sol só aparece no 4° dia.
Logo
temos dois tipos de luz no universo. Moderna aparelhagem ciéntifica realmente
constatou que existe essa primeira luz. (luz cósmica).
C – A REDONDEZA DA TERRA.
Por muito tempo discutiam
a forma da Terra . Uma rápida olhada em Is. 40:22, que foi escrito cerca
de 700 anos A/C, já dava a resposta ao curioso homem. Hoje, ninguém mais duvida
que a terra é redonda.
D – A IMPONDERABILIDADE DA TERRA
O
livro de Jó, um dos mais antigos da bíblia , declara: “Ele suspende a Terra
sobre o nada.” Jó 26:07. Como o homem
demorou em descobrir isso!
F – PESO DO VENTO.
Só
há pouco mais de 300 anos é que o físico italiano Evangelista Torriceli, provou
issso em praça pública. Jó, nos primórdios do mundo já dizia: “ Quando Ele deu
peso ao vento...” Jó 28:25.
G – VOLUME CONSTANTE DE ÁGUA (Toque no link para continuar lendo)
O
mesmo verso que diz “Quando deu peso ao vento”, diz também “e tomou a medida
das águas”. O mecanismo da evaporação ficou desconhecido do homem por muito
tempo, pensando ele que a cada temporal o volume de água aumentava na Terra.
Todavia, em Gn 1:17, já encontramos esta declaração: “As águas acima da
expanção...” Hoje sabemos que milhões de toneladas sobem diariamente pela
evaporação.
H – INCONTÁVEL O NÚMERO DE ESTRELAS
Híparco
deu como sendo 1022. Ptolomeu 1026. Outros astrônomos esgotaram seus catálogos
no afã de anotar o número exato das estrelas. Hoje a moderna astronomia
concorda que essa tarefa é humanamente difícil de ser realizada.
Em
Gn 15:05, Deus já desafiava Abraão para tentar essa impossível proeza, deixando o velho patriarca com a mão
na boca. Só Deus sabe na realidade o número exato delas. (Sl 147:04).
I – A FORMA DE NOSSA GALÁXIA
Os melhores equipamentos da astronomia moderna demonstram
que a nossa “VIA LÁCTEA” tem formato ESPIRAL e está em expansão. É isto que
vemos na linguagem simbólica de Jó 26:13 “Pelo seu Espírito ornou os céus, e as
suas mãos formou SERPENTE ENROSCADA.”
J
– ATERRA NÃO É O CENTRO
Dentro
do mesmo contexto, no último verso do capítulo 26, encontramos esta afirmação:
“ Eis que isto são apenas AS ORLAS DOS SEUS CAMINHOS e quão pouco é o
que temos ouvido d’Ele!”
Ora
o texto fala da Terra (v. 7), das estrelas (v.13) e das Via Láctea(v. 13). E
depois conclui dizendo que “ isto são apenas as ORLAS dos seus caminhos.” Está implícito então que
existem coisas criadas bem maiores.
III
– TEORIAS DA INSPIRAÇÃO
Existem
pelo menos 7 teorias falsas sobre a inspiração, que passamos a anotar em
seguida:
1 –
Inspiração Genial
Afirma
que os escritores da bíblia eram realmente inspirados, mas no sentido em que os
gênios da humanidade o foram também. Assim sendo, Davi e Shakespeare estão em
um mesmo plano quanto a inspiração, e por dedução concluímos que todos os
intelectuais são profetas.
OBJEÇÕES:
a-
Elimina
o sobrenatural da bíblia.
b-
Haveria
possibilidade de erro no texto.
c-
Nega
os milagre e profetas.
d-
Rejeita
as afirmações da bíblia sobre o assunto.
OBS.: A expressão: “ASSIM DIZ O SENHOR” e similares
aparecem na Escritura cerca de 3.800 vezes).
1-
Graus
de Inspiração
Afirma
que há porções na bíblia que são mais inspiradas do que outras nesta orde.
O
que foi realmente revelado (distinguem de fatos conhecidos que consideram não
inspirados)
As
doutrinas ( foram inspiradas , mas não no grau anterior).
E
partes que não possuem inspiração alguma ( fatos desconhecidos tais como: usos,
costumes e narrações históricas.)
OBJEÇÕES:
a-
Quem
pode decidir que partes da bíblia não são inspiradas?
b-
Se
é assim, Ela contém a palavra de Deus.
c-
Choque
com a própria bíblia. ( II Tm 3:16)
3 – Iluminação Cristã Universal
Ensina
que os escritores da bíblia eram inspirados no mesmo sentido que cada cristão é
também.
OBJEÇÕES:
a-
Nenhum
crente escreveu outra bíblia até hoje.
b-
Confunde
iluminação com inspiração.
c-
Há
visível diferença entre os escritores dos Pais da Igreja e a Bíblia. Isto é ,
não se atrevem a dizer que Deus os inspirou.
4 –
CONCEITOS OU PENSAMENTOS INSPIRADOS
Ensina
que Deus , durante um certo período de tempo, tomou a mente de homens
dando-lhes certos princípios. Mais tarde esses homens reproduziam esses
pensamentos com suas próprias palavras na confecção da bíblia.
Isto
significa que quando eles registraram pensamentos, não estavam sob inspiração.
OBJEÇÕES:
a-
Confia
a verdade infalível de Deus, à vontade do homem, para ele usa-la como bem
entender.
b-
Admite-se
a presença de erros.
c-
A
bíblia não diz que foi assim.
5 – INSPIRAÇÃO PARCIAL
Se parece muito com a Gradual e,
ensina que uma parte da bíblia é inspirada a outra não. Nesse caso também
“contém a palavra de Deus.”
Seus defensores diferem muito sobre o
que é e o que não é inspirado.
OBJEÇÕES:
a-
Nega
II Tm 3:16.
b-
Coloca
o homem numa incerteza. (O que é e o que não é ?)
c-
A
parte dita inspirada é incompleta para dar ao homem toda luz da parte de Deus
que ele precisa.
6 – INSPIRAÇÃO OCASIONAL
Ensina que os escritores da bíblia
foram ocasionalmente inspirados. Istoé, às vezes sob inspiração e às vezes não.
OBJEÇÕES:
a-
Contraria
II Tm 3:16.
b-
Fora
da “ocasião”, escreveu coisas de si mesmo.
c-
Como
descobrir o exato momento em que ele sai de um estado e entra no outro, no ato
da escrita?
7 – DITADO VERBAL
É simples e extremo. Ensina que a
bíblia foi ditada pó Deus, palavra por
palavra. É chamada também de : “Inspiração Mecânica.”
OBJEÇÕES:
a-
Faz
do escritor uma máquina.
b-
Não
leva em conta o estilo visível de cada um.
c-
É
um método muito nobre.
IV – A VERDADEIRA DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO
A inspiração em sua perfeita e genuína
compreensão teológica, inclui duas frases:
1-
Inspiração
Plena
Isto aplicado á bíblia significa
“completa”, “inteira”, estendendo-se a todas as partes. A base é II Tm 3:16.
2-
Inspiração
Verbal
Não é ditado verbal. É ação do
Espírito, dirigindo homens a escolher
empregar suas próprias palavras
no texto. Deus superintendeu, dirigiu as idéias, contudo o estilo continua sendo os escritores.
A palavra de Deus é , portanto,
inspirada PLENA e VERBALMENTE. Toda e
cada parte da bíblia é inspirada igualmente. Também naão ditado verbal, embora
possa conte-lo.( Jr 30:02).
V – CRITÉRIOS DA INSPIRAÇÃO
É o meio pelo qual se distingue os
livros inspirados dos que não são. Em outras palavras – é meio pelo qual se
conhece com certeza se:
1 – Existem livros inspirados? ( em
caso afirmativo...).
2 – Quais são eles e como se
distinguem dos demais?
No primeiro caso trata-se de critérios
de inspiração, e no segundo critérios de canocidade.
Os requisitos de critério de
inspiração são os seguintes:
A – INFABILIDADE
Na bíblia estão verdades reveladas que
devemos crer com fé absoluta, logo, um escrito só pode ser aceito como
inspirado, se passar na prova da infabilidade. Existindo nele algum sentido
dúbio, contradições, ou fatos históricos irreais, sua fabilidade é evidente e
se exclui por si próprio.
B – HARMONIA COM O TODO
Aqui está outro detalhe espetacular do
escrito inspirado. Ele obrigatoriamente concorda e harmoniza-se com os demais
também inspirados.
C – O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO
Este último é o critério final e mais
importante. O Senhor diz que zela pela sua palavra. Ora, Ele não deixaria que
escritos expúrios se introduzissem n’Ele. É o Espírito Santo o grande guardião
que impede tal acontecimento.
CAETANO e LUIGI, teólogos, católicos,
propõem como critérios apenas as tradições católica, afirmando que ela pode ser
autoridade máxima na questão. Ora, se aceitamos isso, obviamente temos que crer
em todos os apócritos católicos.
Eles ainda afirmam: “ O fato da
inspiração ser de ordem sobrenatural subentende-se que ela não pode ser
conhecida se não por uma revelação de Deus. Sendo que as fontes da revelação
são duas: Escritura e Tradição, e que a Escritura por si é insuficiente para
provar qualquer inspiração, resta portanto a Tradição para nos dar certeza se
um escrito é inspirado ou não.”
Salientamos que a própria bíblia não
pode ser autoridade sobre esse assunto, segue-se que mais nada o pode.
Como conclusões finais sobre o
assunto, cremos que o maior critério para determinar qualquer inspiração é sem
dúvida a iluminação internado Espírito Santo. Podemos partir do princípio da
declaração de Pedro, quando Jesus lhe disse: “Não foi carne nem sangue que te
revelou, mas meu pai que está no céu.”(Mt 16:17).
Por uma revelação especial de Deus, o
homem chega ao conhecimento de Jesus e conseqüentemente por uma revelação
igual , perceba a inspiração e
autoridade da palavra. Notem a expressão: “ Quem é de Deus, ouve a palavra de
Deus.” (Jo 8:47). É necessário conhecer o bom pastor para ouvir
sua palavra. O reconhecimento de que a palavra de Deus é de fato d’Ele, vem
somente pelo testemunho do Espírito, que nos revela seus segredos, ( I Cor.
2:10) e pode perfeitamente reconhecer a inspiração de Deus na Escritura.
V – INSPIRAÇÃO EM GERAL
Os textos gerais mais fortes sobre a
inspiração total da bíblia são estes:
1 – Hb 1:01-02; 2:03-04.
O texto declara enfaticamente que Deus
falou:
A-
“No
passado pelos profetas” (Ver Lc 1:70; Dn 1:02 e 16:26). Podemos estar certos de
que todo o VT está incluído na palavra “Profetas” do texto em foco.
B-
“
Nestes últimos dias” – isto é nos dias do Messias. O texto declara que Deus
estava falando no NT.
C-
“Através
de seu Filho” – a conclusão do verso é tão calara, que não pode haver dúvida :
A voz de Jesus era a voz de Deus.
D-
“A
mensagem foi crida , confirmada e anunciada por aqueles que a ouviram.” – Ora,
o que Pedro , João e Paulo anunciavam ,nada mais era que a Palavra de Deus. E
isso fica mais evidenciado nas cartas que eles, pelo espírito, foram levados a
escrever.
Como podemos notar, estas declarações
dão ao VT, como ao NT caráter de inspiração divina.
As cartas de Paulo são colocadas sem
nenhuma cerimônia ao mesmo nível com o VT, e são chamadas de Escrituras.- II Pe
3:2-16.
Suas palavras foram ditadas para serem
recebidas como palavra de Deus ( I Cor 2:13); ( I Ts 2:13).
Por outro lado, Paulo cita Lucas e
Deuteronômio e os chama de “ESCRITURAS”(I Tm 5:18)
3-
11
Tm.3:16,17
Este verso aparece no final de uma
admoestação a respeito dos prigos dos últimos dias.A passagem se refere
primeiramente ao VT,todavia,por raciocínio lógico(O fato do NT também ser
chamado de “Escritura”)veio a ser reconhecido como abrangendo toda Bíblia.
Ela contém um objetivo,duas
declarações e um propósito.
A-
objeto:
“Toda a Escritura”.
B-
Declarações:
-
“Dada
por inspiração de Deus’’
-
“ É
útil.”
C-
O
propósito: “ Para que o homem de Deus seja perfeito(equipado)para toda boa
obra.
A expressão “toda” é muito
significante quando a vemos em conecção tanto com o VT,como em relação ao NT.
3-11 Pe.1-19-21
Enfatiza ainda amplia o sentido geral de 2Tm.3:16.
Os termos: “palavra profética”,
“profecia da Escritura” e “profecia” sem dúvida,equivalem a “Escritura” usada
por Paulo,não devendo ser limitadas a qualquer parte da Bíblia.
Fato marcante,é que o ensino ministrado
no contexto está visivelmente ligado ao NT,isto é,ministério de Cristo,vida
cristã,volta de Cristo,etc.
Vemos claramente depois disso,que a
Bíblia não se originou por vontade do homem,mas que Deus inspirou homens para
produzi-la.
4-
Jo.10
36-36
Não queremos com estes versos mostrar
o argumento da divindade de Jesus mas o fato d’Ele apelar claramente para a Lei
como sendo Escritura.
Ela cita o Sl.82.6,que
reconhecidamente não está na secção da Lei.
A conclusão lógica ai é que a palavra
“Lei”se aplicou o VT,assim como a palavra “profecia”.
É bom notar também,que a palavra
“Lei”e “Escritura”,estão aplicadas ai em um mesmo sentido.
5-
1
Pe.1:10-12
Estes versos declaram enfaticamente
que:
A-
O
tema do VT é a salvação.
B-
A
profecia foi uma predição sobre
Cristo,seu sofrimento,ministério,morte e glorificação.
C-
A
salvação se basearia no sofrimento de Cristo.
D-
O
Espírito Santo(Chamado aqui de “O Espírito de Cristo”).
E-
O
Espírito Santo(Chama aqui de “O Espírito de Cristo”e habitou nos profetas do
VT.
F-
Aqueles,conduzidos
por Estes,escreveram episódios previamente.
G-
Não
entendia o real significado de seus escritos.
H-
Sabiam
entretanto que escreviam para nós.
I-
Os
próprios anjos queriam saber o desenrolar da história.
6-
11
Sm.23:1-2
Temo aqui,sem comentários,uma
declaração da inspiração:com o testamento do próprio autor.
Como abono a tudo aquilo que já
falamos sobre inspiração geral,é bom anotarmos aqui com a expressão: “Assim diz
o Senhor,”e paralelas,ocorrem na Bíblia cerca de 3.800 vezes.
Só um louco ousaria tentar que a sua origem não é divina.E isso,nós sabemos que te
m
acontecido em larga escala.
VI- INSPIRAÇÃO DO VT
É óbvio que depois de vermos
INSPIRAÇÃO GERAL,poderíamos dar o assunto por encerrado.Todavia,algumas armas a
mais,nunca fizeram mal a qualquer homem guerreiro.
A inspiração do VT pode ser provada de
várias maneiras.Daremos apenas os argumentos principais para não alongarmos a
matéria.
1-
TEXTOS
GERAIS SOBRE A MATÉRIA
SÃO aqueles que já estudamos.Começando
de 2Sam 23:1-2 e terminando em Heb. 1.1-.
2-
O
USO DA PALAVRA “ESCRITURAS” NO VT.
O termo grego, “graphay”,ocorre 48
vezes(51 com paralelas)no NT.
3-AS PALAVRAS, “ESTÁ ESCRITO”, NO NT.
Provém do verbo, “grapho”,que é a raiz
da palavra “ESCRITURA”.Também refere-se ao VT e ocorre 73 vezes (82 com
paralelas).
.
4 - OUTRAS CITAÇÕES DO NT
Um exemplo desse tipo de citações é:
“Para que se cumprisse o que estava escrito...”-(Mt.1:2-22).Juntando as
citações designadas.Quando se referem diretamente ao VT,e as não designadas e
paralelas temos um total de 198 citações dessa natureza no NT.
Queremos salientar aqui ,que é o
cômputo de todas as referências indistintas do VT no NT,estão em torno de 1.000
vezes.
5-
HARMONIA ENTRE A PROFECIA E O ACONTECIMENTO
Uma profecia bíblica,
obrigatoriamente, deve se cumprir nos mínimos detalhes tudo aquilo que ocorreu
no NT,nada mais era do que o cumprimento das profecias do VT,(ver
Lc.24:27,44,45).
6 – FÉ E TESTEMUNHO DA TRADIÇÃO
JUDÁICA
Quando Jesus dizia: “ Que está escrito
em vossa lei, como lês?” (Lc 10:26). Ele está chamando a atenção dos judeus
para o documento mais respeitado de toda a nação judaica.
7 –
FÉ E TESTEMUNHO DA IGREJA CRISTÃ
O famosa sermão do diácono Estevão
(At. 7:2-53), é um exemplo vivo de como a Igreja Primitiva tinha o VT em incontestável inspiração
divina.
8
-
FÉ E TESTEMUNHO DOS ESCRITORES DO NT.
Rothe diz: “ Os escritores do NT,
observam as palavras do VT como mediatas palavras de Deus e as aceita como
tais.”
A – OS EVANGELHOS
A ênfase aqui está colocada sobre as
palavras dos próprios escritores,
independentes das citações feita por Jesus.
MATEUS: usou a palavra “Escritura” uma
vez – (26:56)
MARCOS: usou a palavra “Escritura” uma vez – (
1:02-03)
LUCAS: usou a palavra “Escritura” 3 vezes – 24:27-32-45. “Está escrito”, usou 4
vezes- 2:23,24; 3:04-06; 4:17.
B – ATOS
Encontramos nesse livro mais de 40
citações diretas e 16 são referências gerais.
C – EPÍSTOLAS PAULINAS
ROMANOS: é uma carta baseada quase que
totalmente no VT. A palavra “Escritura” aparece 7 vezes. “Está escrito” , 16
vezes.
Salientamos aqui que a palavra
“Escritura” aparece em todas as demais cartas de Paulo. Por se tratar do mesmo
autor, torna-se desnecessário as citações.
D – HEBREUS
É um dos livros onde mais encontramos
provas de inspiração do VT. Entre alusões gerais e citações diretas , temos um
total de 88 vezes. Ele afirma de modo claro e direto que Deus falou no VT Hb
1:01). No capítulo 11, encontramos detalhes da vida de vários personagens do VT e como Deus dirigia esses homens.
E – APOCALIPSE
Não há citações diretas, entretanto
aparecem mais de 400 alusões e pensamentos, eventos e pessoas.
9
–
O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO SANTO
Fora de qualquer suspeita, o Espírito
Santo tem colocado no coração de cada fiel a certeza inabalável de que o VT foi
dado por inspiração de Deus.
10- O TESEMUNHO DE JESUS CRISTO
Só um louco colocaria em dúvida a
encarnação do verbo. Sua filiação divina, Seus milagre; Seu ministério; Sua
missão. Seu poder e sua sabedoria foram reconhecidos pelos seus próprios
inimigos. Ninguém jamais falou como aqueles homens. João começa seu ministério
afirmando categoricamente que Ele era Deus. Ele mesmo confiram isso: “ Eu e o
Pai somos um.” . ele era o cumprimento final e completo da grande promessa
feita por Moisés. Sobre Ele estava o Espírito da Sabedoria e Entendimento, que
era na verdade o Espírito do Pai.Neles estão escondidos todos os tesouros da
sabedoria e conhecimento. Ele é a testemunha fiel e verdadeira, é o princípio e
o fim, é a origem da verdade e de todas as coisas.
Esse soberbo personagem conhecia a bíblia (VT). Amava-a ,
cria nela, vivia por ela , pregava-a,baseava nela os seus ensinos e a chamava
de : VERDADE, VERDADE DE DEUS e PALAVRA DE DEUS. – (Lc 4:4-12, 4:16-21, Jo
17:17). Seu silêncio foi total quanto a erros ou contradições, falta de
acuracidade, mito, lenda ou qualquer outra coisa semelhante no VT. Isso
evidentemente porque tais coisas não existiam ali, pois se existissem e Ele as
ignorasse, não seria oniciente, nem Filho de Deus, muito menos Salvador, mas
sim um pecador como outro qualquer, um impostor. Por outro lado se Ele sabia
que o VT era uma farsa e silenciou, não passou de um enganador do povo,
mentiroso, desonesto e trapaceiro, jamais um Salvador da parte de Deus.
Ele nunca criticou o VT, o tratava
como a revelação de Deus. Deu-lhe o sentido mais profundo (Mt 5:21-48), mas
nunca rejeitou nenhuma parte dele. Ele
foi o cumpridor, não o destruidor do VT. Para Ele o VT deveria ser cumprido nos
mínimos detalhes (Mt 5:17-18).
Aproximadamente 20 vezes Jesus
reconheceu o VT como Escritura, usando vários nomes para ela: “Escritura” “A Lei”
“Lei e os Profetas” “ Lei, Profetas e Salmos” e Moisés e os Profetas”.
Ele endossou o VT do princípio ao fim,
somente nesta declaração: “DESDE O SANGUE DE ABEL (Gn 4:1-10), ATÉ O SANGUE DE
ZACARIAS (II Cr 24:20-21). Gênesis e Crônicas são exatamente o primeiro e último livro da bíblia
reconhecido pelo povo judeu. Isso está em Mateus 23:35
Ele explicou que os erros nas coisas
de Deus ,vem exatamente da ignorância na Escritura. Em outras palavras: os que
conhecem a bíblia não podem errar.( Mt 22:23-29; Mc 12:24).
Referiu-se a Escritura umas 8 vezes
especificamente, em relação a Si Mesmo, Seu Ministério, Morte e Ressurreição(Mt
26:24,53,54; Mc 9:12,13; Lc 18:31-34; 21:22; 24:46 e Jo 7:38).
O poder, autoridade e inspiração do VT,
são vistos magnificamente nas 3 vezes em que Ele fez calar em pleno deserto o
diabo, obrigando-o a bater em retirada, completamente derrotado (Dt 8:03; Sl
91:11 e Dt 6:13)
Ele sempre esperava o cumprimento da
Escritura com espectativa ( Lc 22:37; 24:44; Jo 13:18; 15:25; 17:12).
Jesus reconheceu a historicidade de
várias pessoas, lugares e eventos do VT. Ei-los:
a-
A
criação – Mt 19:4-5.
b-
O
casamento – Mt 19:05-07.
c-
O
sangue de Abel – Lc 11:51
d-
O
dilúvio – Mt 24:37-39
e-
O
incidente na sarça – Mc 12:26.
f-
A
lei da lepra. – Mt 8:04
g-
Salomão
e a rainha de Sabá – Mt 12:42
h-
Daniel,o
profeta – Mt 24:15
i-
A
morte de Zacarias – Mt 23:35
j-
Abraão,
o patriarca – Jo 8:58.
Para concluirmos essa parte, devemos
anotar que o Senhor declarou enfaticamente
que “A ESRITURA NÃO PODE SER ANULADA” (Jo 10:35). Isto é , ela é
infalível.
A inspiração no VT era necessária para
que se cumprisse com exatidão todas as profecias ali encontradas. Encontramos
cerca de 400 profecias no VT sobre a vida de Jesus que foram cumpridas
magistralmente. Vejamos algumas:
a- Nascer em Belém – Mc 5:02 – Mt 2:01
b- Grandes viriam adora-lo – Sl 72:10.;
Mt 2:1-11.
c-
Pregação
por parábola – Sl 78;02; Mt 13:34-15
d- Rejeição pelos irmãos – Sl 69:08; Jo
7:03.
e- Traído por um amigo – Sl 41:09; Jo
13:18-21.
f-
Vendido
por trinta moedas – Zc 11:12; Mt 26:15
g- Cravação dos seus pés e mãos na cruz
- Sl 22:16; Jo 20;25.
h-
Vestes
divididas e sorteadas – Sl 22:18; Mt 27:35.
i-
Contato
com transgressores. – Is 53:12; Mc 15;27-28
j-
Nenhum
dos ossos quebrados – Ex 12:46; Sl 34:20; Jo 19:33.
Diante dessa exatidão profética, o
homem sensato só pode baixar a cabeça com respeito a inspiração do VT.
INSPIRAÇÃO DO NT.
Com as sobejas provas j´s vistas sobre
a inspiração geral, e inspiração do VT, automaticamente deduzimos que a
inspiração no NT é óbvia. Todavia essas observações devem ficar para completar
o assunto em pauta.
1 – PRETENÇÕES DOS ESCRITORES DO NT
Quando vimos as reivindicações que os
escritores do NT fazem acerca de suas próprias obras , verificamos com nitidez
que elas reclamam para eles absoluta inspiração, e colocam-nas ao mesmo nível
de inspiração do VT
Todas as Escolas de Cristieísmo
Bíblico reconhecem essa pretensão, ainda que os taxem de atrevidos e
infundamentados.
Vejamos por exemplo o apóstolo Paulo
que escreveu quase todo NT. Ele afirma que seus escritos eram tão autoritários,
que todos aqueles que descordassem
poderiam ser considerados malditos, ainda que os tais fossem anjos dos
céus. (Gl 1:6-9). Ele diz abertamente que os seus mandamentos, são mandamentos
do senhor ( I Cor 14:370 . é verdade que uma vez ele fez distinção entre o que
o Senhor mandava e ele mandava (I Cor 7:10,12,40) , mas no último verso do
capítulo 40, coloca o que ele diz no mesmo pé de autoridade e igualdade com os
mandamentos do Senhor. Ele diz categoricamente que aquilo que pregava era a
palavra de Deus ( I Ts 2:13) e devia ser recebida como tal, sem discussões.
Encontramos essa mesma atitude em
Pedro, além da declaração em II Pe 1:2, ele diz que os apóstolos “PELO ESPÍRITO
SANTO”... PREGARAM O EVANGELHO” ( I Pe 1:12). Coloca também os escritos de
Paulo no mesmo nível das outras escrituras. ( II Pe 3:15,16).
O apóstolo João por seu lado diz, que
uma maldição virá sobre todo aquele que tirar ou acrescentar alguma coisa
àquilo que ele escreveu- (Ap 22:19).
Se esses homens não estavam realmente
debaixo da direção e inspiração de Deus quando disseram isso, não passavam de
perfeitos débeis mentais, imprudentes,atrevidos e paranóicos. Mas louvado seja
Deus, que suas afirmações foram abanadas devidamente pelo Espírito Santo.
2 - PALAVRA FINAL
Fato deveras curioso é que a palavra de Deus , a infalível Escritura, não faz a menor força para provar sua integridade e inspiração. Isso obviamente porque a verdade, tanto em área espiritual, como filosófica ou científica, SE EVIDENCIA SEM ESFORÇO PRÓPRIO. Podeis estar certos de uma coisa: Tudo aquilo que tenta se impor pela força, não pode ser verdade.
Nada mais ridículo que uma “verdade”
tentando provar que é verdade.
Observe que o próprio evangelho não é
uma coisa imposta aos homens.
Sendo, pois a bíblia a verdade, ela se
evidencia naturalmente como tal, diante de homens, anjos e demônios.
Para concluirmos esta parte, vejamos
algumas coisas notáveis sobre a “Escritura” que colaboram com tudo aquilo que
já dissemos. Onde estão as respostas para estas perguntas:
a-
Como
aparecem os mundos? Hb 11:03
b-
Como
eles são sustentados? Hb 1:3.
c-
Como
eles deixaram de existir? II Pe 3:5-6.
d-
Que
proclamava os profetas? Jr 16:1
e-
Como
começou a encarnação do Verbo? Lc 1:31
f-
Antes
da encarnação, quem era Jesus? Jo 1:1
g-
Depois
de encarnação, quem era Jesus? Lc 4:32 e Jo 6:63.
h-
Seu
ministério foi segundo o quê? Lc 24:44.
i-
Como
curava ele os enfermos? Mt 8:16.
j- Todos os homens vivem através de quê? Mt
4;4 e At 17
k-
Por
que ninguém o apanhava em palavras? Jo 7:46.
NOTEM AGORA COMO A BÍBLIA E JESUS SE
IDENTIFICAM:
A – São igualmente eternos
Jesus:
“é o mesmo
ontem, hoje e eternamente.” – Hb 13:8
Bíblia: “
pela palavra de Deus
que permanece para sempre” – I Pe 1;25
B – Abençoam igualmente o mundo
Jesus: “ Deus... vo-lo enviou para vos
abençoar” At 3:26
Bíblia: “ bem aventurados os que a observam”
Lc 11:28.
C – São Igualmente infalíveis
Jesus: “Nele não há pecado” Jo 8:12 e II Co
5:21
Bíblia: “ A escritura não pode ser anulada” .
Jo 10:35
D – São igualmente fontes de vida.
Jesus: “Eu sou a luz do mundo”. Jo 8:12.
Bíblia: “ As ...palavras são vida.” Jo 6:36.
E – São igualmente luz
Jesus: “Eu sou a luz do mundo” . Jo 8:12
Bíblia: “ A lei é uma luz.” Pv 6:23.
F – São igualmente a verdade
Jesus: “Eu sou a verdade” Jo 14:6
Bíblia: “ A tua palavra é a verdade” . Jo
17;17
G – Alimentam igualmente
Jesus: “Eu sou o pão da vida” Jo 6:35.
Bíblia: “ Nem só de pão viverá o homem, mas de
toda palavra que sai da boca de Deus”. Dt 8:13 e Mt 4;4.
H – São agentes de salvação igualmente
Jesus: “Em nenhum outro há salvação” At 4:12
Bíblia: “ Recebei a palavra... a qual pode
salvar”. Tg 1:21
I – Ambos igualmente são rejeitados.
Jesus: “ Era rejeitado e o mais indigno...”
Is 53:3
Bíblia: “ sabeis muito bem rejeitar o mandamento”
Mc 7:9.
J – Ambos julgaram o homem.
Jesus:”... há de julgar o mundo... pelo
varão ( Cristo) que para isso destinou”. At 17:31.
Bíblia: “ A palavra que falei, essa o julgará
no último dia.” Jo 12:48
Como os irmãos podem ver Jesus é a PALAVRA
ENCARNADA, enquanto a Escritura é a PALAVRA IMPRESSA.
Depois destas incontestáveis
evidências, já experimentadas na vida de milhares de pessoas, ninguém de
espírito honesto e em sã consciência pode negar a inspiração total da
Escritura.
VIII – O CANÔN DA BÍBLIA
1 – Conceito e uso da Palavra
A palavra “CANÔN” é grega , e em sua origem mais primitiva significa:
“varinha retilínea usada para medir alguma coisa padrão, medida, régua, etc. A
idéia principal da palavra é a de uma linha reta que serve para padronizar
alguma coisa. Provém de sua raiz, as palavras: “cana”, “canal”, “canhão”,
“cônego”, etc.
Em seu sentido metafórico ou
figurativo , empregado em relação às Escrituras, ela não representa aquilo que
mede, mas AQUILO QUE ESTÁ DE ACORDO COM A MEDIDA. Este sentido está devidamente
destacado. Gl 6:16 e Fl 3:16.
A palavra “REGRA” usada por Paulo
nessas passagens é “CANÔN”, e seu sentido é amplo. Istoé se refere a tudo
aquilo que Deus queria que o homem soubesse, e que por inspiração, alguns
homens escreveram.
Foi exatamente no século IV, que se
começou a selecionar os livros que viriam a formar o “CANÔN” da bíblia,
principalmente os do NT, porque os do VT já possuíam um consenso nessa época,
desde o primeiro século.
Queremos salientar inclusive, que a
palavra “CANÔN” é exclusiva do NT, onde aparece 4 vezes: II Co 10:13; 15; Fl
3:16. Mesmo assim, é lógico que o processo de canonização também foi usado para
o VT por motivos óbvios que vermos a seguir.
2 – NECESSIDADE E DIFICULDADE NA
FORMAÇÃO DO CANÔN
a)
O
Povo Precisava Ter em Mãos a Completa Revelação de Deus.
A literatura apócrifa era abundante,
tanto no VT como no NT. Para que tenhamos uma idéia basta citarmos os seguintes
apócrifos que giravam na época do VT.: “Tobias”, “Judite”, “Acréscimos a
Éster”, “Sabedoria de Salomão”, “Eclesiastes”, “Baruque”, “Cântico dos Três
Jovens na Fornalha”, História da Suzana”, “Bel e o Dragão”, “Oração de
Manasses”, etc. alguns são citados até pela própria bíblia, tais como: “O
livros das guerras” ( Nm 21:14); “O livros do Justo” ( Js 10:13); “ A história
do vidente” ( I Cr 29:29); “A tos de Salomão” (I Rs 11:41); “ A história de
Semaias” ( II cr 12:15) etc.
Poe outro lado temos no período do NT
quase 100 apocalipses apócrifos, sem contar com o “Evangelho de Marcião” e de
outros mais, e várias cartas expúrias atribuídas até a apóstolos. É o caso da
III Carta aos Coríntios atribuída a Paulo ( Conf, I Co 5:9, II Ts 2:2 e 3:17).
Como podemos ver, esse amaranhado
imenso de literatura expúria dificuldade fiel em seu propósito de descobrir a
vontade de Deus.
b)
Um
Volume Organizado Facilitaria muito mais a Consulta e o Entendimento.
Você pode ter até dificuldades para
crer, mas os livros da bíblia foram colocados religiosamente na ordem em que
Deus queria. Judas não poderia estar aquém nem tão pouco Rute além dos lugares
em que estão na Escritura.
A palavra “organizado”, desse item,
tem um peso tremendo. Porque muitas foram as pessoas que tentaram fazer essa
organização na força da carne. Um exemplo marcante do que afirmamos aconteceu em 330 A.D. Constantino, Imperador romeno da época,
ordenou que 50 cópias da Escritura, fossem preparadas para uso das igrejas em
Constantinopla. Aparece então a questão: QUAIS DOCUMENTO ERAM ESCRITURA? Visto
que na época o consenso canônico era muito pobre.
c)
Livrar
os Textos Inspirados da Possibilidade de Acréscimos
Apesar do trabalho meticuloso,
principalmente do Espírito Santo, para preservar intactos os documentos
inspirados , muitos foram os acréscimos, que apareceram no decorrer do tempo,
tais como: “Acréscimos a Éster”, “Acréscimos a Daniel” e outros , além da “ 3ª
carta aos Coríntios”.
Na hora do “CANÔN”, a “tesoura” do
Espírito Santo funcionou maravilhosamente.
d)
Preservar
da Destruição
Se com o “CANÔN” pronto , satanás fez
tudo para desaparecer com ele da Terra, imaginem quando os escritos inspirados
ainda estavam separados Deus precisou preparar homens para essa árdua tarefa.
IX – FORMAÇÃO DO CANÔN DO VT
O Cânon de um modo geral, é o
resultado de um acrescentamento gradual daquilo que era inspiração, dentro do
tempo.
A expressão “ACRESCENTAMENTO GRADUAL”,
está isenta de qualquer operação humana. Nada existe no universo que prove a
interferência da mente humana na formação do Cânon. Não houve um Concílio, um
Conclave, uma Dieta, no qual se tenha estabelecido: “ESTE É INSPIRADO, AQUELE
NÃO”.
Nós já estudamos anteriormente que a
verdade se evidencia e si impõe por si
própria. Foi exatamente assim que o Cânon do VT se formou.
Um livro era considerado canônico, não
por que a famosa Escola Rabínica o requeria , mas porque ele mesmo afirmava-se
como tal.
Uma pergunta que logo nos ocorre é:
Quando se deu isso? Fato é que não temos uma noção exata de quando começou e
terminou o Cânon do VT, e isso obviamente porque não dependeu do homem.
O documento mais notável sobre o
assunto, quem nos dá é FLÁVIO JOSEFO, historiador judeu do primeiro século. Em
seu livro “CONTRA APOIO” , diz ele: “POR QUE NÓS NÃO TEMOS (isso é, como os
gregos) MIRÍADES DE LIVROS DISCORDANTES E CONTRADITÓRIOS ENTRE SI, MAS APENAS
22 JUSTAMENTE ACEITOS . CINCO SÃO DE MOISÉS ... TREZE DOS PROFETAS...E OS
QUATRO RESTANTES QUE COMPREENDEM HUNOS A
DEUS E PRECEITOS PARA CONDUTA DO HOMEM.”
É bom salientar que o Canôn hebraico
contém 24 livros. A omissão de 2 por parte de Josefo, se explica ou pela divisão
que ele fez ou pela organização ou pela canonização posterior. Ficando mais
evidente o primeiro caso, visto que ele escreveu no ano 90 A. D.
Deduzimos daí que os
judeus possuíam um consenso sobre os livros inspirados, pelo menor no final do
primeiro século. Isso não deveria ser duvidoso para nós, visto que Jesus citou
muitos livros do VT, no primeiro terço do primeiro século. E os seus
contemporâneos que eram maioria seus adversários, não colocaram objeção alguma.
Isso é, quando Ele citava qualquer livro do VT, eles baixavam a cabeça.
Queremos deixar claro que
o fato da bíblia samaritana ser apenas o Pentateuco encontra explicação no fato
de que ao romper as tribos, esses cinco volumes em os únicos reconhecidamente
canônicos.
É bem possível que antes de
Esdras, os judeus j´s tinham seus livros considerados sagrados. A obra mais
importante de Esdras, foi de levar o povo a abraçar um código escrito sagrado.
, como regra absoluta de fé e vida. Certamente isso já implica uma formação
canônica. Aliás, a primeira divisão das escrituras hebraicas, foi feita
justamente por Esdras, pelas evidências mostradas em Esdras
7:6,10,11,12,21,25,26, etc. o que desconhecemos é a data que os profetas
tomaram lugar junto a lei. II Mac 2:13
diz que foi Neemias que os ajuntou , o que não se pode aceitar abertamente,
pelo fato de não ser um documento canônico.
Salientamos ainda que
cerca de 2 séculos antes de Esdras, já encontramos vestígios de livro sagrado
respeitado pelo povo, como sendo Deus ( comp. II Rs 22:08 com Ne 8:1). Cerca de
612 A/C.
Assim vemos que a
canonização do VT era matéria de cogitação muito antiga. Podemos estar certos
de que ao tempo de Jesus, não se tinha dúvidas mais sobre os livros que
formavam o Cânon do VT. Ou seja, todos aqueles que foram transmitidos até hoje.
X – FORMAÇÃO DO CANÔN NO
NT
Do mesmo modo que provamos
apostolicamente, provamos também a canocidade dos livros do NT. Tal como se
prova a autoria dos renomados autores mundiais, cujas obras trazem seus nomes.
A consciência cristão
dominada pelo espírito, discerne entre o puro e o impuro. Cumpre ressaltar que
tal realização não se deve nem a própria
igreja, mas que ela aconteceu observando os mesmos processos da
canonização do VT, isto é, cada livro foi se impondo e falando por si mesmo
com suas provas internas e externas., até que em determinado tempo eram
reconhecidos pelas autoridades eclesiásticas( pais da Igreja) como possuindo
autoridade apostólica. Fato deveras curioso é que não houve intervenção de
Consílios. O consílio de Hipona ( 3L93 AD), apenas confirmou, reconheceu,
referendou o consenso das autoridades da Igreja
sobre os documentos canônicos.
Os documentos apareceram
primeiramente separados, em épocas e localidades diferentes. Foram guardados
com carinho pelas igrejas e aceitos como apostólico. Eram lidos nas assembléias
cristãs, em reuniões devocionais e doutrinárias. A bíblia dá a entender que
esses documentos circulavam entre as igrejas de forma original ou em cópias (Cl
4:16). Com o tempo foram até classificados em grupos, a saber:
1 ) OS EVANGELHOS
Se imporam sobre muitos
escritores que falavam sobre Jesus na igreja primitiva, foram universalmente
reconhecidos pela igreja devido sua autoridade apostólica. Esta aceitação é
comprovada largamente pelos pais da igreja que os citam abundantemente seus
escritos.
2) AS EPÍSTOLAS PAULINAS
Nada menos que treze
trazem o seu nome, embora ele fosse algumas vezes auxiliado por um escrevente,
testemunha da legitimidade de seus escritos.( Rm 16:22). Segundo Inácio,
Policarpo, Clemente e outros, tais escritos eram aceitos como Escritura. Pedro
os antecede neste testemunho ( II Pe 3:15,16).
3) OS DEMAIS LIVROS
foram aceitos como
canônicos, com exceção de I Pe e I Jo. Estes dois passaram por uma verdadeira
tempestade de revisões e críticas durante quase um século ( 400 a 500 ),
receberam até o título de “DEUTERO-CANÕNICOS”. No final desse período,
entretanto, eles ainda se mantinham ilesos, motivo pelo qual a igreja universal
os considerou inspirados sem mais nenhum problema.
É bom que fique claro, que
certos livros do NT, foram considerados canônicos independentemente de se
conhecer quem os escreveu. O exemplo clássico que temos disso é a Carta aos
Hebreus. Muitos dos debates que ainda perduram até hoje sobre certos livros do
NT, não se ligam a sua canonicidade, mas a sua autoria.
Curso de Bibliologia Parte 1 - Ciência que Estuda a Bíblia - AULA EM VÍDEO
Curso de Bibliologia - Parte 2 - Finalizando a I Unidade - Aula em Vídeo
Curso de Bibliologia - Parte 2 - Finalizando a I Unidade
Curso de Bibliologia - Parte 3 - Texto - II Unidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.