TRABALHO DE METODOLOGIA DA PESQUISA
POR
Marcio
Gil De Almeida
Monografia apresentada em
cumprimento às exigências da matéria metodologia da pesquisa, do curso de mestrado em
teologia. Área: Ciências Sociais da Religião, Ministrada pela FASTE -
FACULDADE SUL-AMERICANA DE TEOLOGIA.
FACULDADE SUL-AMERICANA DE TEOLOGIA.
ANO
2001
INTRODUÇÃO:
O universo
teológico é incrível nas suas reflexões. As reflexões nos enriquecem , pois promovem em nós
crescimento intelectual e espiritual.
Acreditamos que compreender é um desafio perigoso. Quando compreendemos
corretamente somos iluminados, quando não compreendemos corretamente, somos escurecidos pela
incompreensão. Contudo, não podemos lançar fora este desafio por causa do
perigo, devemos arriscar, pois arriscar é pertinente a fé.
O texto que
recebemos para esta monográfica é
encantador, todavia não significa que fomos
encantados, seduzidos e levados. Ele nos mostra uma compreensão adversa do meio evangélico. A visão das
religiões não-cristãs, consente um status de aprovação acerca da salvação e da inspiração dos escritos sagrados, totalmente fora da realidade
bíblica-evangélica. O mistério pascal é apresentado como participativo das tradições religiosas não-cristãs. As
outras religiões também tem livros inspirados por Deus. Será isto uma
compreensão ou incompreensão
teológica das tradições
religiosas? É o que vamos ver nesta reflexão de fé.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO................................................01
COMPREENSÃO
OU INCOMPREENSÃO TEOLÓGICA DAS TRADIÇÕES
RELIGIOSAS
...............................................02
CONCLUSÃO.................................................05
BIBLIOGRAFIA..............................................06
Compreensão Ou Incompreensão Teológica das Tradições
Religiosas
Uma
compreensão teológica é participativa do tradicional e do novo, do perfeito e
do imperfeito, levando nos a uma conclusão
de que autenticidade nem sempre
quer dizer veracidade. O que passaremos
a refletir sobre o tema compreensão ou incompreensão teológica das tradições religiosas em antagonismo ao texto teológico:
Compreensão teológica das tradições religiosas.
A revelação e a realização do plano universal de Deus são amplas, todavia não podem ser
contraditórias. O plano de revelação salvífico de Deus, se estabeleceu e se
estabelece num processo progressivo
desde do Gênesis até o Apocalipse, início e fim da história humana. Deus já
mostrou que o único caminho, verdade e
vida para a salvação estão em
Cristo, não estão em religiões pagãs que contradizem a fé
cristã. Isto, não quer dizer que
não haja alguma verdade nestas
religiões, no entanto é incoerente o
acreditar que estão engajados no plano
salvífico de Deus, trazendo salvação para os homens no Cristo Cósmico, que é
real, pessoal e soberano.
Não podemos
caminhar na vereda de uma compreensão
teológica que contradiz as Escrituras
Sagradas. O nosso ponto de partida de compreensão teológica deve ser, prioritariamente
a Bíblia, depois os outros elementos
constitutivos duma visão teológica. A
verdade é, a reforma protestante toma como base para toda reflexão teológica As
Escrituras Sagradas, enquanto a Igreja Católica sempre teve dificuldades de
seguir esta visão. Um grupo cristão que tem como Revelação de Deus: a Bíblia, a
palavra do papa(líder), as tradições e a sua escolástica; jamais irá chegar à
mesma compreensão teológica que os evangélicos professam.
Quando entendemos que fé, constitui-se
de elementos compreensivos duma teologia própria, é difícil considerarmos uma
religião não-cristã, como instrumento de
Deus para a salvação do homem. Religião
não-cristã, continua não cristã e a sua
terminologia não faz diferença alguma. Mudar terminologia sem mudar
conteúdo é ilusão inconseqüente.
“O Vaticano II nos
oferece a base para a formulação acima: “Essas religiões.. .não raro refletem
uni raio daquela verdade que ilumina todos os homens”, a saber, de Cristo,
caminho, verdade e vida. Se somos cristãos, conhecemos o Cristo; podemos e
devemos também reconhecer o Cristo onde quer que ele esteja. Se somos realmente
cristãos não contestaremos esse reconhecimento. Por isso é que nos pedem, pelo
próprio fato de sermos cristãos, de “no testemunho da fé e vida cristã,
reconhecermos, preservarmos e promovermos os bens espirituais e morais
encontrados entre esses homens, bem como os valores de sua sociedade e sua
cultura”
Os princípios
aqui colocados pelo Vaticano II estão corretas e incompletas, levando a uma
interpretação equivocada, produzindo uma
aplicação inexata. A relevância da revelação histórica judaica-cristã, não deve
ser tirada como principio primordial
para um posicionamento teológico, pois isto pode nos levar a caminhas
enganosos e auto-destrutivos para nossa
fé e igreja de Deus.
A realidade do
vinculo com o mistério pascal — o evento do Cristo salvífico — “vale não só
para os cristãos mas para todos os homens de boa vontade, em cujos corações a
graça trabalha de modo invisível. Porque, uma vez que Cristo morreu por todos
os homens, e uma vez que a vocação suprema do homem é, de fato, única e divina, devemos crer que o Espírito Santo, de
um modo que só a Deus é conhecido, oferece a todo homem a possibilidade de se
associar ao mistério pascal”
Não
podemos nos esquecer de princípios, tais como: arrependimento, conversão,
confissão; para a salvação do homem.
Estas pessoas que estão nas
religiões não-cristãs , estão consciente, crentes em sua doutrina e vivenciando
um estilo de vida peculiar à sua fé. Não são pessoas na ignorância total.
Necessitam de arrependimento, conversão
e confissão para serem salvas. No
entanto, não podemos ser totalmente fechados para esta questão, quanto aos que
estão na total ignorância. A questão da religião ser não-cristã, não é
relevante, como diz o texto do acima: “...devemos crer que o Espírito Santo, de
um modo que só a Deus é conhecido, oferece a todo homem a possibilidade de se
associar ao mistério pascal..” Na Epistola aos Romanos, o apóstolo Paulo,
afirma o seguinte: “...Porque, quando os gentios, que não têm
lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si
mesmos são lei;Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações,
testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer
acusando-os, quer defendendo-os...” Esta possibilidade está nas mãos de Deus;
nas nossas mãos está o evangelho da salvação para ser proclamado a todo homem.
“...Não basta dizer
que Cristo está ativamente presente neles: temos que deduzir de que maneiras
essa presença se torna realidade. As tradições religiosas podem ser definidas
como ‘qualquer conjunto de crenças e práticas que incorporam os supremos
valores do homem, e às quais ele se entrega com fé e com a esperança de
encontrar por meio delas a sua plenificação final’. Tendo corpos e vivendo em
sociedade podem as pessoas entrar em contato com Deus e corresponder a ele, e
deste modo só alcançam a salvação através dos fenômenos
históricos-socios-religiosos ‘no contexto de suas tradições religiosas’. Por
outras palavras, as crenças e práticas devem originar-se de Deus. Logicamente
concluímos daí que a realidade da revelação é possível nas suas situações
religiosas e de vida; a sua Escritura deve ser inspirada deste ou daquele modo
(analogicamente, pelo menos), e as suas práticas religiosas (e.n. as samaskaras
no Hinduismo) podem ser meios visíveis de salvação: devem-se conceder e
reconhecer neles, num sentido ou outro, a revelação, a inspiração e a salvação
se nos abrirmos às declarações do Vaticano 11 e somos coerentes com elas. E o
que afirmamos em Nagpur: ‘As diversas escrituras e ritos sagrados das tradições
religiosas do mundo podem ser, em graus diversos, expressões de uma divina
manifestação e serem úteis à salvação...”
Apesar de parecer que esta compreensão teológica em que se reconhece a inspiração divina nos escritos das religiões
não-cristãs, ser muito mais ampla na
relação revelação-tradição, Deus-homem,
ela nos diz que a fé cristã e a Bíblia, judaica-cristã, são apenas mais uma
religião e mais um livro sagrado dentre
muitas religiões. Esta revelação universal nos escritos religiosos se mostra
contraditória, pois são vários os caminhos a serem seguidos. São SOTORIOLOGIAS
diferenciadas que não comungam da mesma fé e natureza. Elementos e intenções
coincidentes são natural ao homem que busca o caminho correto, sem significar
que estão no caminho correto. Quando o homem está num caminho, num caminho não
estar só, está acompanhado dum contexto, dá sentido e vida ao mesmo; isto é
comprometedor. Deus procura verdadeiros adoradores cristocêntricos que
depositam a fé na verdadeira revelação de Deus: As Escrituras Sagradas.
Podemos ter
boas relações com outras religiões, sem contudo negar a nossa fé e aprovar
caminhos tenebrosos. Sempre estamos sujeitos ao erro e o erro é possível a
qualquer instante, contudo quando usamos tradições, culturas e filosofias ao
invés das Escrituras Sagradas como ponto de partida e guia nas reflexões
teológicas, cometemos um grande equívoco na compreensão teológica. . A
revelação base é a Bíblia e da Bíblia tiramos a compreensão teológica mais
adequada.
Com tanta
incompreensão teológica não faz sentido a evangelização. Quem vai querer
arriscar a vida para evangelizar os
mulçumanos apenas para trazer mais profundidade no conhecimento da
salvação em Cristo, se todos já estão
salvos? Quem? Nós não queremos ampliar o
status quo salvífico dos outros, queremos que haja arrependimento, confissão, conversão
e salvação verdadeira em Cristo. A
evangelização é uma necessidade sem igual, porque não há outro caminho de
salvação que não seja Jesus Cristo, acompanhada de arrependimento, confissão, e
conversão em Cristo Jesus.
CONCLUSÃO:
Uma forma de pensar interessante, deve ser examinada
com atenção e com imparcialidade. Uma forma de pensar diferente, não quer dizer
que ela estar errada. Esta visão teológica é muita arrojada, o que faz do
teólogo um pensador magnífico. No entanto, equívocos podem acontecer com
qualquer teólogo. Este um é caso possível de equivoco teológico. Como pode
acontecer um engano tão magnífico com conseqüências tão desastrosas para fé
cristã? Está Deus entrando numa confusão soteriológica ou foi o homem que a
gerou? Esta compreensão teológica das tradições religiosas não é aplausível;
pois ela se perde e se contradiz como
compreensão da revelação salvífica de Deus e inspiração de livros sagrados. A
fé compreende vários aspectos e um deles
é a coerência. Podemos ver que as
religiões não-cristãs possuem elementos positivos e esses elementos não as
fazem instrumentos do mistério pascal ou
as tornam em meios diferenciados de salvação. As suas doutrinas não concordam
com o cristianismo, tão pouco, elas concordam entrem si. Os seus livros não são
inspirados e se são, estamos na carreira cristã-bíblica em vão. A máxima
popular que diz: “todos os caminhos levam a Deus” é pertinente a este documento
teológico que a nós fora exposto; ainda que não haja uma declaração escrita de
forma tão clara. Só há um caminho, uma verdade e uma vida: Cristo Jesus. Só há
uma forma de estarmos neste caminho, nesta verdade e nesta vida. Esta
forma constitui-se de fé,
arrependimento, confissão e conversão. O resultado desta formula é a formação
da igreja e a igreja produz várias correntes cristãs que adotam a Bíblia, como
único livro inspirado, como livro de regra de fé e prática. A igreja de Cristo
não pode gerar uma compreensão teológica das tradições religiosas sem passar
prioritariamente pelas Verdadeiras Escrituras Sagradas: A BÍBLIA. Este documento incompreende as tradições
religiosas do ponto de vista da Bíblia. Agora, quem quer ficar livre dos
parâmetros bíblicos para produzir teologias diferenciadas, produzirá confusão e
não compreensão; apesar de ser criativo e agradável.
BIBLIOGRAFIA
Apostila
da FASTE,Metodologia Cientifica.
SHAEFFER,
Francis. A Morte da Razão. São Paulo,ABU Editora S/C,
São Jose dos Campos, Editora Fiel. 1993.