Conta-se que numa floresta, os animais tinham uma sociedade organizada.
Nela havia uma organização social, política, econômica e jurídica. Era uma
sociedade democrática com seus poderes legislativo, judiciário e executivo.
Apesar que houvesse toda essa modernidade a magia jamais separou da mesma. Esta
era a sociedade dos animais daquela floresta.
A suprema corte daquela sociedade era formada apenas por coruja especiais e
eram corujas que passavam por um processo muito rígido para ser juízes. Cada
coruja tinha sua própria capa mágica que ajustava ao corpo de quem a levava,
crescendo ou diminuindo o tamanho.
Certo dia, uma das corujas da Corte estava com muita fome e não conseguiu
esperar anoitecer para caçar. Ao sair durante o dia ensolarado para caçar, os
raios solares ofuscaram sua visão e a coruja chocou-se com um rochedo que a
levou a morrer instantaneamente. A sua capa saiu a flutuar e pousou sobre os lombos
de um jumento. A capa automaticamente ajustou-se ao tamanho do jumento,
mostrando toda sua imponência.
Para ser juiz da suprema corte seria necessário ser coruja e passar pelo um grande processo de
avaliação. O jumento não aceitou devolver a capa e por meio da força, tornou-se
o primeiro juiz da Suprema Corte. Ele ficou muito feliz, andava saltitante,
mostrava a sua capa e não parava de relinchar. Ficou tão feliz que colocou um
nome para si mesmo: O Jumento Alado.
O Jumento Alado andava pela floresta e os outros animais não paravam de
estranhar por ver um jumento ser juiz da suprema conte deles. O Jumento Alado
não estava nem aí para eles e começou o seu trabalho de magistrado. Ora tomava
decisões corretas e muitas vezes tomava decisões esdrúxulas.
O novo juiz, o Jumento Alado, aparentemente não tinha nada de burro. Vendo ele,
ser único da sua espécie pertencente à corte, burlou as leis e conseguiu levar
mais outro jumento. Esse jumento tinha uns olhos esquisito, parecendo olhos de
morcego e tinha um costume muito estranho. Ele ficava diante das árvores
coçando a cabeça, pensando que iria sair algo pontiagudo da sua cabeça... Ele
coçava tanto que não havia mais pelos sobre a sua cabeça. Era um jumento
careca.
O Jumento Alado ganhou fama e com a fama vinha, também, a fofocas. Conta-se
até, que na beira da lagoa, o macaco, o sapo e a raposa falavam do estranho
juiz. O macaco falou:
-Esse jumento juiz, chama a si mesmo de Jumento Alado. Mas, eu não sei não... O
nome para ele parece ser mais apropriado: o Jumento Alegre.
A Raposa estranhou e o sapo só faziz: ploc, ploc. A raposa falou:
-Explique melhor, macaco.
-Quando outro jumento fica perto dele, o mesmo fica todo feliz e arrepiado...
- Vocês não sabem é de nada...Disse a raposa. Antes dele viver entre nós. Este
dito Jumento Alado vivia entre os homens. Ele era propriedade de um homem que
ferrava os seus animais com ferro meio estranho. Esse ferro deixa marca nos
animais como se fossem duas mãos humanas com nove dedos. É por isso que o nome
dele quando chegou aqui, era o Jumento dos Nove Dedos.
Enquanto isso, o sapo só olhava e fazia: ploc, ploc, ploc...
O Jumento Alado tinha o maior orgulho do seu relincho. E por isso ele ia aos
lugares mais altos da floresta e relinchava até cansar. Ele fez alianças
políticas com políticos nem um pouco bem vistos e com interesses suspeitos e os
mesmos tinham o nome sujo na Corte Suprema.
Tudo ia muito bem nos projetos do Jumento Alado. Até que, em uma das eleições
para supremo líder da nação, foi eleito um animal diferente: um leão... E todos
os chamavam de O Rei Leão. Os animais adoravam aquele novo líder. Ficaram
apaixonado pela juba e do rugido daquele leão. Isto trouxe uma grande inveja e
uma indignação muito grande da parte do Jumento Alado.
O Jumento Alado passou a tramar contra o Rei Leão, para tirá-lo do cargo e
ainda o destruir. E não apenas o Rei Leão, mas a todos quantos estivessem do
lado do mesmo. O Jumento Alado fazia todo tipo de conspiração política e
jurídica contra o Leão e a crise se tornou cada vez mais acirrada, a ponta dos
animais da floresta se juntarem com Rei Leão para defendê-lo.
Passado o tempo, O Jumento Alado, acreditou que estava vencendo a guerra contra
o Rei Leão. Então, ele foi até a presença do rei Leão para escarnecer perante toda a população. O Jumento Alado,
relinchava sem parar na frente do Rei Leão, com movimento ameaçadores e
declarando a sua vitória sobre ele. O Rei Leão estava assentado com
tranquilidade ao lado da sua amada esposa, a Leoa. Ele levantou, deu um grande
rugido e com só um movimento, deu uma patada no jumento, que o mesmo caiu morto
ao chão.
Moral da fábula:
Jumento alado que relincha na frente do leão,
Conhecerá o rugido e a pata do leão
Jumento alado que enfrenta leão,
Comida será na boca do leão.
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